O objetivo do grupo de trabalho é discutir e problematizar aspectos da história da educação vinculados ao universo camponês. Busca-se compreender processos educativos modos de vida, escritas e memórias buscando aglutinar produções de pesquisa que vinculam os processos de vida no campo, seus modos de ser e viver com processos de memória e escrita, na busca de compreender, interdisciplinarmente, os modos de narrar/lembrar no contexto das relações sociais camponesas na perspectiva educativa. Os processos educativos são pesquisados na escola, mas amplia-se nos espaços de sociabilidade das comunidades camponesas, como as instituições religiosas, associações esportivas e culturais e espaços de preservação da memória. As pesquisas discutidas no grupo voltam-se, em especial, para os aspectos históricos educativos que tenham relação com o mundo do campo. Problematiza-se a formação de professores nas escolas que pertencem a este determinado contexto, bem como a produção de materiais educativos. Concomitantemente, acontece a interação com as pessoas das comunidades camponesas do entorno destas escolas. Outra possibilidade é interpretar e dialogar com as diferenças culturais, no âmbito da Memória e da Educação no universo do campo. A relação entre pesquisa e ensino se estabelece a partir da proposta metodológica que direciona as ações para práticas de pesquisa, sistematização e produção intelectual a partir dos processos vivenciados junto aos líderes locais, alunos e docentes das instituições envolvidas. Ainda nesse processo, é permitido colocar em pauta questões da Memória e da Educação no mundo camponês compreendendo o conceito da Cultura do Silêncio, ou seja, como essas culturas camponesas são silenciadas. Ainda enfatiza-se a temática da Educação, universo do campo e a escrita da vida, com ênfase nas escritas ordinárias de agricultores que são objetos de pesquisa que podem versar sobre as escritas ordinárias desses diversos sujeitos. O tema da Educação no mundo rural pode ser tratado através da análise da religiosidade e da educação e o modo educativo proposto pelas organizações comunitárias e religiosas atuantes nesse meio. É significativo frisar que dentro desse processo ainda se encontram as perspectivas patrimoniais de (re) valorização da memória e da história local, atrelada à criação de espaços de preservação, de cunho museológico, que agregam novos significados à comunidade onde estes espaços museais encontram-se inseridos. A cultura material escolar também é contemplada nessa perspectiva patrimonial podendo dar origem aos acervos escolares que podem estar vinculados a espaços de preservação dentro da própria escola ou aos museus escolares que possam vir a ser criados. Por isso, o grupo de trabalho privilegiará temáticas apontadas anteriormente, que possam realizar interlocução no campo da história da educação e as questões do campo, abordando as instituições educativas e religiosas, memórias e narrativas, acervos escolares e patrimônio, escritas ordinárias e formação docente como valorização da cultura local camponesa.