No limiar do século XXI, o homem ocidental moderno ainda vangloria-se de forma ufanista pelos feitos de sua ciência e tecnologia; olha para as sociedades do passado com desdém e arrogância, com desprezo e ar de superioridade. Compara as “maravilhas” das civilizações antigas com as megaconstruções do mundo moderno, procurando destacar a grandiosidade do seu poder tecnológico; deposita uma fé cega e quase inabalável na ciência e tecnologia, sobretudo depois da viagem à lua e das pesquisas espaciais. No Brasil, as elites hegemônicas vêm impulsionando o país na rota do crescimento econômico acelerado, difundindo a ilusão de que a solução de todos os problemas sociais serão superados com o crescimento do PIB, com a construção de mais infraestrutura para o escoamento da produção industrial e do agronegócio, com a construção de mais usinas de produção de energia, etc. Ao mesmo tempo em que se cria as condições para alimentar a lógica do crescimento econômico permanente e ilimitado, além de estarmos testemunhando alguns dos primeiros efeitos impactantes das mudanças climáticas nestas primeiras décadas do século que se inicia, também estamos percebendo e/ou sentindo o ressurgimento da violência e intolerância em diversos países do mundo globalizado. Entre as diversas caracterizações que vem se produzindo para explicar a crise da realidade contemporânea “crise do capitalismo, crise da civilização moderna, crise da modernidade, crise da pós-modernidade, etc. “uma das expressões já consolidada é aquela que designamos por “crise ambiental”. Mas afinal, o que é a crise ambiental? Com o sistema escolar e a comunidade de educadores vem abordando esta questão? O GT “Crise Ambiental e Educação na América Latin” tem como objetivo primordial promover um espaço de reflexão e socialização de estudos e pesquisas sobre o problema da crise ambiental no mundo contemporâneo do século XXI e, sobretudo, refletir como esta questão vem sendo abordada no ambiente escolar e universitário. As atividades do GT incluem uma mesa redonda, comunicações de pesquisa e uma oficina de Educação Ambiental.
