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EDUCAÇÃO, IMAGINÁRIO E PROCESSOS AUTOFORMADORES

Os Fundamentos para a criação deste GT no campo da Educação e das Humanidades estão alicerçados em dois eixos teóricos de estudo e pesquisa: o Imaginário e as narrativas (auto)biográficas com vista à autoformação humana. No primeiro eixo, temos como ancoras teóricas Gaston Bachelard (1884-1962) filósofo, epistemólogo e critico literário e Gilbert Durand (discípulo de Bachelard), filósofo e antropólogo e, sobretudo, mestre do imaginário (1921-2012). Assim chamados por ter consolidado esforços no sentido de reabilitar a função das imagens. Em especial, no que se referem as suas possibilidades de abertura interpretativa. No segundo eixo, acenamos para o trabalho voltado à pesquisa-formação, cujo conceito tem lugar de origem, fundamentalmente em Marie Christine Josso e nos trabalhos desenvolvidos no interior da Associação Brasileira de Pesquisa (Auto)Biográfica - BIOgraph. Josso é uma pesquisadora suíça que muito contribuiu e, ainda hoje, para a criação deste campo de estudos no Brasil no que se refere ao estudo sobre o trajeto da formação humana como vida, obra e projeto de reinvenção de si.
Nosso intuito fundamental com a criação deste GT visa a construção de processos de trabalho que transformem a razão num modelo de racionalidade mais aberta e, portanto, mais humana para compreender os processos humanos inerentes a autoformação. Diria ainda, construir uma espécie de remitologização como ponte e pontífice da religação (religare) entre o fenômeno arcaico e nosso trajeto antropológico, cuja essência está afastada da jornada humana. Por isso, este GT foi criado: para pensar e exercitar uma educação por dentro de processos existenciais e atemporais reconstituindo a cada instante o horizonte e a esperança do ser naquilo que faz.

A partir destes aportes o GT tem como objetivos centrais:
1. Criar um espaço de guarida para trabalhos que tangenciem as temáticas em questão;
2. Tecer interlocuções que promovam caminhos de reflexão e construção de redes de pesquisa relativas ao Imaginário e suas interfaces com a memória educativa;
3. Socializar pesquisas, ensaios e práticas pedagógicas que visem a discussão de temas relativos à Educação ao Imaginário e a Autoformação Humana;
4. Apontar os conceitos fundadores operando-os nos diferentes segmentos da formação humana. A saber: práticas no ensino fundamental, ensino médio e técnico, na graduação, na formação continuada de professores e na pós-graduação.