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Programação dia 11/3

8h20 às 12h: Mesas redondas temáticas, eventos artísticos e exposições.

8h: 1ª Mesa redonda: O Golpe de 64, Movimentos Sociais e Sindicais

Local: Auditório Ruy Hülse

Professor Dr. Antonio Luis Miranda
Ivan Pinheiro
Ciro Pacheco

 

Antonio Luis Miranda

Possui graduação em História pela Universidade Federal de Santa Catarina (1991), mestrado em História pela UFSC (1998) e doutorado também na UFSC (2013). Atualmente é professor assistente da Universidade Federal da Fronteira Sul. Tem experiência na área de História, com ênfase em mundos do trabalho, atuando principalmente nos seguintes temas: Classe operária, sindicatos e mobilizações. Foi presidente da Associação Nacional de História - Núcleo de Santa Catarina - ANPUH/SC - gestão 2006/2008 e membro do Conselho Consultivo do Encontro Catarinense de Economia – 2009.

Ivan Pinheiro

64 anos, é natural do Rio de Janeiro. Em 1965, ingressou na Universidade do Estado da Guanabara – UEG, atual Uerj, onde cursou Direito. Nessa época, integrou-se ao Movimento Revolucionário Oito de Outubro (MR-8). Durante o curso, foi diretor do Centro Acadêmico Luiz Carpenter (CALC). Dada a sua trajetória como liderança estudantil, atualmente a sede do Centro Acadêmico chama-se "Sala Ivan Pinheiro". Funcionário do Banco do Brasil e um dos principais líderes sindicais do país, sob seu comando, o Sindicato dos Bancários se tornou, na prática, o principal centro de resistência à ditadura no Rio de Janeiro. É hoje o mais antigo membro da Comissão Política do Comitê Central do Partido Comunista Brasileiro (PCB), de que participa há 28 anos ininterruptos.

Ciro Manoel Pacheco

Nasceu no município de Jaguaruna/SC em 1939. Membro de uma família numerosa, ao todo eram nove irmãos. Aos 13 anos de idade trabalhava com seu pai na agricultura. Aos 15 anos trabalhava com uma mineradora, seu serviço era na superfície. No início da década de 1960, foi trabalhar na Companhia Próspera em Criciúma e conheceu as ideias comunistas, junto ao Sindicato dos Mineiros. Ciro Pacheco foi diretor sindical e perseguido pela Ditadura Militar. Foi preso duas vezes, em 1972, devido sua atuação no sindicato dos Mineiros e durante a Operação Barriga Verde em 1975, onde recebeu torturas físicas e morais.

 

8h: 2ª Mesa redonda: Mulheres e a Ditadura Militar

Local: Mini-auditório do Bloco P

Rosângela de Souza - Advogada e ex-presa política
Marlene Soccas - Dentista e ex-presa política

 

Rosângela de Souza

Possui graduação em Direito com Habilitação em Direito do Trabalho pela Universidade Federal de Santa Catarina (1981) e especialização em Direito Constitucional pelo CESUSC (2000). É assessora jurídica do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de São José. Já atuou como professora na Universidade Bandeirante de São Paulo (UNIBAN), foi funcionária no Tribunal de Justiça de SC e assessora jurídica de diversos sindicatos de trabalhadores em Criciúma e Florianópolis e da Central Única dos Trabalhadores (CUT) . Em 1979, Rosangela foi presa, junto com outros estudantes da UFSC, no protesto ocorrido em Florianópolis durante a visita do último presidente-militar, João Batista Fiqueiredo.

Marlene Soccas

79 anos, é natural de Laguna/SC. É formada em Odontologia na Faculdade de Farmácia e Odontologia do Estado de Santa Catarina (1955) e em Historia na UNESC (2010), com curso de Pós-Graduação. Em 1966, transfere-se para São Paulo, capital, para se aperfeiçoar na área Odontológica. Participa dos movimentos de resistência do povo brasileiro contra a Ditadura Civil-Militar instaurada no Pais em 1964. Em 1970, foi presa pela Operação Bandeirantes (OBAN), depois DOI-CODI, onde foi torturada e permaneceu por 12 dias. Posteriormente, foi encaminhada ao DOPS –SP, onde permaneceu 45 dias. De lá, foi encaminhada para o Presídio Tiradentes, em São Paulo, onde permaneceu presa por dois anos e dois meses. No presídio, escreveu cartas-denúncias que foram incluídas no livro Brasil Nunca Mais e participou de duas greves de fome para evitar que companheiros fossem sacrificados pelo Esquadrão da Morte. Libertada, após cumprir pena, retorna à Criciúma/SC, onde inicia o Movimento de Defesa dos Direitos Humanos. Participa dos momentos iniciais do Movimento de Ex-Presos Políticos em São Paulo e dos Familiares dos Presos e Desaparecidos Políticos no Rio de Janeiro. Participa do Comitê Brasileiro Pela Anistia e foi fundadora do Partido dos Trabalhadores (PT), em 1980, em SP, mas dele se afasta em 1982. Em 1985, ingressa no Partido Comunista Brasileiro, onde permanece até hoje. É co-fundadora do Coletivo Memória, Verdade e Justiça João Batista Rita, de Criciúma/SC.

14h às 16h30: Mostra de filmes e documentários: Batismo de Sangue e Zuzu Angel, seguido de debates.
17 às 18h30: Lançamento de livros, eventos artísticos e exposições.

19h: 3ª Mesa redonda: A Participação dos EUA e dos empresários no Golpe de 64

Local: Mini-auditório do Bloco P

Ivan Seixas - Jornalista e ex-preso político
Nildo Ouriques - professor

Ivan Seixas

Foi preso pelo DOI/CODI - Operação Bandeirantes, em São Paulo, em abril de 1971, aos 16 anos de idade, junto com seu pai, o metalúrgico Joaquim Seixas, ambos militantes do Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT). Os dois foram torturados juntos. Joaquim foi assassinado e Ivan passou quase seis anos na prisão sem processo ou condenação. Hoje, Ivan é jornalista, ex-membro do Conselho de Defesa dos Direitos Humanos, membro do Núcleo de Preservação da Memória Política e é coordenador da Comissão Estadual da Verdade Rubens Paiva, de São Paulo.

Nildo Ouriques

É professor do Departamento de Economia e Relações Internacionais da Universidade Federal de Santa Catarina. Presidiu o Instituto de Estudos Latinoamericanos (IELA) até 2009. É doutor em Economia pela Universidade Nacional Autônoma do México (1995). É professor do Programa de Doutorado em Teoria do Desenvolvimento da Benemérita Universidade Autônoma de Puebla (BUAP). Em 2010, gozou licenca-capacitação na Divisão de Pesquisa do Banco Central da Venezuela. Ministrou cursos sobre pensamento crítico latino-americano na UNAM (México), na Universidade Bolivariana (Venezuela), na Universidade Nacional de Tucumán (Argentina) e na Universidade de Padova (Itália). Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Economia Política, atuando principalmente nos seguintes temas: análise do capitalismo contemporâneo e a América Latina, interpretação do capitalismo latino-americano, análise crítica do desenvolvimentismo e, nos últimos anos, na relação entre nacionalismo e marxismo na América Latina. É presidente do Conselho Editorial de "Pátria Grande: Biblioteca do Pensamento Crítico Latino-Americano", coleção lançada pelo Instituto de Estudos Latino-Americanos da UFSC/Editora Insular. Em agosto de 2013, concluiu seu pós-doutoramento na Universidade de Buenos Aires (UBA), Argentina.

19h: 4ª Mesa redonda: O Golpe de 64, os Jovens e o Movimento Estudantil

Local: Auditório Ruy Hülse

Amadeu Felipe da Luz Ferreira - Ex-capitão do Exército e ex-preso político
Célia Regina Vendramini - Professora da UFSC
Jorge Leal -  Ex-líder estudantil e ex-preso político

Amadeu Felipe da Luz Ferreira

Nasceu em Blumenau/SC, em 1935. Morou em Criciúma na década de 1950, trabalhou na cidade e jogou futebol pelo time do Comerciário, hoje Criciúma Esporte Clube. Foi capitão do Exército, ex-preso político por 4 anos e 6 meses e foi expulso das Forças Armadas pelo Ato Institucional nº 1. Comandou levante no Rio de Janeiro, Porto Alegre e a Guerrilha do Caparaó, entre os estados do Espírito Santo e Minas Gerais. Dirigiu treinamentos insurrecionais na Serra do Mar, na região de Nova Veneza/SC. Em 1961, quando da Legalidade, tomou junto com seus companheiros da caserna, o quartel do 18º RI, na cidade de Porto Alegre, onde servia, o que forçou a adesão do 3º Exército, comandado pelo General Machado Lopes, a resistência ao golpe dos três ministros militares. É membro do PCB desde menino.
 

Célia Regina Vendramini

É professora do Centro de Ciências da Educação da Universidade Federal de Santa Catarina e doutora em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (SP). Fez seu pós-doutorado pela Cornell University, nos Estados Unidos, e pela Universidade de Lisboa, em Portugal. Tem trajetória de pesquisa sobre a relação trabalho, educação e movimentos sociais, particularmente os movimentos e lutas sociais no campo. Além de pesquisa, tem atuado junto aos projetos educacionais do Movimento dos Sem Terra. Coordenou dois cursos de especialização voltados para educadores dos movimentos sociais no campo e participa como professora de outros cursos. Participou ativamente do movimento estudantil durante seu curso de graduação na UFSC e o mestrado na UFSCarlos (SP). É filiada à Sessão Sindical do ANDES na UFSC (Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior).

Luiz Jorge Leal

É natural de Tubarão, mas veio para Criciúma logo nos primeiros anos de vida. Era militante estudantil. Participou ativamente da União dos Estudantes Secundários de Criciúma. Em 1961, ajudou a fundar a União Catarinense dos Estudantes Técnicos Industriais, presidindo o órgão no estado em 1962. Mais tarde, foi eleito presidente da União Nacional dos Estudantes Técnicos Industriais. Com o golpe de 64, foi para o Rio Grande do Sul e, de lá, refugiou-se em Montevidéo/ Uruguai, onde permaneceu até 1965. De volta à Porto Alegre, cursou Análises Químicas. Retonou então a Criciúma, onde foi um dos fundadores do MDB. Em 1975, foi preso na Operação Barriga Verde, condenado a dois anos de prisão e torturado no Dops de Curitiba, com a alegação de que era membro do Partido Comunista Brasileiro, que vivia na clandestinidade. Chegou a ser o primeiro presidente no estado do partido, que na época era chamado de primeiro secretário.

Progamação de Filmes

Das 14h às 17h: “O Dia que durou 21 anos”, Bloco P, sala 19.

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