Mais precisamente, a alienação não é nada além desta discrepância, segundo a qual o progresso histórico da humanidade é separado do desenvolvimento dos indivíduos, no qual os aspectos autoformativos e criativos da atividade humana só aparecem no contexto social global, mas não estão presentes nos efeitos da atividade do indivíduo sob si próprio. Alienação, portanto, nada mais é que a separação e oposição da essência do homem e da existência humana, no sentido que Marx aplicou a estes termos. Transcender a alienação significa a abolição desta contraposição entre essência e existência humana – isto é, a criação das condições para um desenvolvimento histórico que encerra a relação inversa e antagônica entre a riqueza e multilateralidade da vida social e da limitação e unidimensionalidade da vida dos indivíduos. O fim da alienação, portanto, significa a criação de condições sociais em que será possível julgar o nível geral de desenvolvimento da sociedade, do progresso humano pelo nível de desenvolvimento dos indivíduos, quando a universalidade e a liberdade do gênero humano serão expressas diretamente na vida livre e multilateral dos homens.
G. Markús
Autor: György Márkus
Ano de publicação: 2015
Valor: Indisponível
ISBN: 978-85-8410-030-9