Uma das características que marca a região sul catarinense é o dinamismo econômico pautado na especialização regional e na diversidade produtiva e comercial. Historicamente a economia da região estava baseada nas atividades carboníferas. Porém, a partir dos desdobramentos da acumulação destas atividades, surgiram outros setores que passaram a comandar o processo de expansão da renda e de novos investimentos. Hoje, destacam-se indústrias que formam uma base diversificada, pautada na cerâmica, no vestuário, metal-mecânico, plásticos, molduras e química, assim como a agropecuária, com a criação de suínos e aves, o cultivo do arroz e fumo, e a produção de mel. O turismo é beneficiado pelas características da região, localizada entre dois complexos turísticos naturais: a serra e o mar. O comércio e os serviços são as bases da região, sendo sede de expressivas redes de lojas e supermercados.
A região Sul de Santa Catarina é servida pela BR-101, por dois portos, um aeroporto e uma ferrovia. Assim, sua logística de transporte está bem estruturada, faltando apenas combinar as diversas modalidades. Tem duas universidades que promovem o ensino, a pesquisa e a extensão, além de Centros Universitários e faculdades que se dedicam ao ensino. Seus sindicatos, associações de classes e organizações não governamentais se destacam pela proposição de alternativas viáveis para a região.
Mesmo diante dessas características, a região litorânea sul catarinense não tem se apresentado una. Aspectos históricos e étnico-culturais contribuíram para que permanecesse, em essência, segmentada, permitindo que as suas microrregiões se desenvolvessem desagregadamente.
Para dinamizar a região e promover o desejável desenvolvimento macrorregional sustentável e integrado, é necessário pensar criticamente e planejar a região como um conjunto, onde suas microrregiões interajam harmônica, sinérgica e co-dependentemente.
Durante os anos 90, perdurou a forte ideia do desenvolvimento local, em que se apostavam apenas nos agentes locais como impulsionadores do desenvolvimento, sem uma articulação nacional. Este modelo gerou profundos desequilíbrios microrregionais no Brasil. As regiões com maior potencial econômico saíram na frente, atraindo os melhores investimentos.
Estamos vivendo um novo momento histórico na América Latina, com a retomada do planejamento e da ação estatal em vários países. No Brasil não é diferente, pode-se citar como exemplo o PAC (Programa de Aceleração de Crescimento), que combina a ação do governo central com as unidades subnacionais e os municípios, inspirando ações semelhantes na iniciativa privada e na sociedade civil organizada.
Na região sul de Santa Catarina, projetos de otimização da infraestrutura em execução ou em planejamento - como a duplicação da BR-101, a construção do Aeroporto de Jaguaruna e a adequação do aeroporto de Forquilhinha, conclusão do anel viário de Criciúma, a ferrovia litorânea e a melhoria do Porto de Imbituba, entre outros, oferecem um contexto especialmente favorável ao desenvolvimento.
Os atores do desenvolvimento macrorregional não podem perder este momento histórico. Devem unir forças para pensar e planejar juntos a mesorregião sul-catarinense sob o risco de, se assim não agirem, terem de arcar perante as futuras gerações, com o ônus de um subdesenvolvimento ou crescimento desordenado.
Para que esse desenvolvimento ocorra, faz-se necessário que esses atores estejam uníssonos e focados em objetivos claros e que estejam integrados em um projeto comum e próspero.
Administrações Públicas, trabalhadores, empresários e sociedade civil estão sendo chamados pelo governo do Estado de Santa Catarina, por meio da Secretaria da Articulação Nacional e das SDRs, em parceria com a Unesc e Unisul, para planejar articuladamente o futuro da região.
Este é o propósito do Projeto Prosperidade Sul Catarinense, um movimento voltado à integração.