Unesc e Município apresentam primeiros resultados de pesquisa acerca da Covid-19 aplicada em Criciúma
A união de esforços entre a Unesc e a prefeitura de Criciúma em prol da utilização da pesquisa científica no enfrentamento ao Covid-19 rendeu seu resultado inicial nesta sexta-feira (24/4). Os primeiros números da pesquisa, aplicada em 500 pessoas espalhadas por todas as regiões de Criciúma, apontaram a presença do coronavírus em 2,2% dos pacientes que passaram pelo teste aplicado em suas próprias residências. Foram, no total, 11 pessoas que tiveram teste positivo para o vírus, sendo que 80% destas não apresentavam sintomas e uma delas já está curada. A estimativa feita pela amostragem coletada aponta que a cidade conta com 4.735 casos positivos, com pequena margem de erro para mais ou para menos.
Conforme a reitora da Universidade, Luciane Bisognin Ceretta, a Unesc continuará protagonizando o trabalho de análise dos números desta primeira coleta, assim, como segue com a atuação em parceria com o Município para que a testagem por amostras continue sendo realizada como forma de monitoramento semanal dos casos em Criciúma. Os primeiros dados levantados pela parceria foram apresentados em coletiva de imprensa no Paço Municipal, transmitida de forma virtual.
Entre os números apresentados pelo professor doutor da Universidade, Kristian Madeira, matemático envolvido no trabalho de pesquisa, está a prevalência de casos positivos entre as mulheres, sendo nove casos entre elas e apenas dois entre os homens. Conforme Kristian, a amostragem aponta ainda que as faixas etárias mais atingidas são de 25 a 34 anos e mais de 60 anos. “No entanto, todas as faixas etárias foram testadas e em todas elas foram encontradas casos. Da mesma forma, em todas as macrorregiões, Centro, Próspera, Rio Maina, Pinheirinho, Santa Luzia e Quarta Linha, foram detectados testes positivos”, aponta. Ainda de acordo com Kristian, as regiões com maior número de casos conforme a pesquisa são Centro e Santa Luzia, com três em cada uma.
Todos os dados obtidos através da pesquisa estão sendo tabulados para que na sequência passem por avaliação ainda mais profunda, incluindo por exemplo, a análise das características dos infectados e suas doenças anteriores ao vírus.
O trabalho realizado com a parceria da Unesc, conforme o secretário de saúde de Criciúma, Acélio Casagrande, já se mostra de extrema importância. “Agradecemos a reitora Luciane e a coordenadora do curso de Medicina, Maria Inês da Rosa, nossas parceiras nesse trabalho, que certamente servirá inclusive como modelo no país e no mundo”, salientou.
Mayara Cardoso - Agência de Comunicação da Unesc
Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing
24 de abril de 2020 às 18:17