Dia Internacional da Mulher marca a Luta pela Igualdade de Gênero
O dia internacional da mulher, 8 de Março, é a data adotada para celebrar as conquistas sociais politicas e econômicas das mulheres. Certamente há pontos a comemorar, mas também existem uma série de situações e comportamentos que precisam ser combatidos afim de alcançar uma situação de maior equidade entre os gêneros.
A agenda 2030 da ONU, com os 17 motivos de desenvolvimento sustentável, contempla entre sua metas o tema igualdade de gênero, uma meta primordial para que a sociedade possa embasar seu crescimento proporcionando a todos um direito fundamental da constituição brasileira, que afirma em seu artigo 5º :
“Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;”
No entanto, o que se observa no cotidiano são situações nas quais mulheres são discriminadas por sua condição enquanto mulheres. O tratamento desigual se manifesta nos mais diversos âmbitos sociais começando pela esfera doméstica até o tratamento no ambiente profissional e de saúde. A discriminação por gênero na maioria das vezes está disfarçada e justificada pelos valores culturais que permeiam a sociedade. Pode se destacar ao menos cinco esferas onde as mulheres sofrem com a desigualdade: mercado de trabalho, educação, política, família e violência nos relacionamentos.
Segundo relatório produzido pela ONU, intitulado Progresso das mulheres no mundo 2019-2020, há um declínio em todo mundo das taxas de fertilidade este é um importante dado referente a construção demográfica. Enquanto as mulheres dos anos 70 tinham em média 4,4 filhos a mulher desta década tem em média 2,4 filhos.
Esta queda pode ser um indicativo das escolhas que a mulher da década atual faz para ter um trabalho remunerado que permita iguais condições ao gênero masculino. Há uma expectativa da sociedade de que as mulheres sejam as responsáveis pelos cuidados do lar, mesmo quando exercem uma rotina de trabalho igual de seus parceiros do gênero masculino. Assim, a mulher faz um malabarismo entre seu trabalho formal e o trabalho doméstico. Ainda, em grande parte dos segmentos de trabalho, mesmo exercendo a mesma função, a mulher tem remuneração menor que o homem.