Dona Rosa: mãos de trabalho, olhos de amor
É impossível não registrar pequenos momentos e conversas que se dão em qualquer das pequenas esquinas de Francisco Santos. Em qualquer lugar cada pessoa carrega uma história. Rende um livro. Enquanto rondonistas ensinam o que aprendem nos bancos acadêmicos, plantam sementes de transformação social, algumas pessoas nos dão vivas lições de vida, plantam sementes em nossos corações. Assim foi com Dona Rosa.
Rosa Maria Nunes, 39 anos. Zeladora de ruas, vendedora de pamonha, trabalha na roça: “Tem que plantar para comer”, diz ela. Mas o que faz seu coração bater mesmo, e o nosso, é quando fala no que mais gosta de fazer: cuidar de idosos. Já cuidou de nove. “É assim desde os doze anos. Só separo quando morre..”, enfatiza. Revela nas palavras e nos olhos o zelo e o cuidado que dispensa aos idosos que cuida ao ponto deles a quererem perto todos os dias até os “últimos momentos”. Fala de uma velhinha que não tomava água se não fosse com ela. “A vida da gente é uma luta, o que alivia é o amor que a gente sente...” Essa é de nos fazer corar, não é mesmo?
25 de janeiro de 2011 às 15:04