Unesc recebe câmara fria para armazenamento de insulina
As Clínicas Integradas da Unesc ganharam um importante reforço para o armazenamento de insulina para as pessoas com diabetes que fazem parte do Programa de Auto Monitoramento Glicêmico Capilar (PAMGC), que são atendidos gratuitamente na Clínica Escola de Enfermagem da Universidade. O equipamento foi repassado neste mês pela Prefeitura Municipal de Criciúma, por intermédio da Secretaria Municipal de Saúde. A câmara fria opera com temperaturas entre 2°C e 8°C e vai contribuir para aumentar a capacidade de armazenamento de insulina, medicamento essencial para o tratamento da doença e que é fornecida para pessoas com diabetes.
Com a garantia de conservar os medicamentos na temperatura ideal, a câmara fria possui uma bateria que evita a mudança de temperatura no caso de eventual oscilação elétrica, e tem a capacidade de manter temperaturas positivas estáveis, para conservar a qualidade e validade dos materiais.
“Foi uma grande conquista. Ela está sendo de fundamental importância para armazenar esse dispositivo com qualidade e com controle da temperatura. Além disso, também conseguimos armazenar quantidade suficiente para serem entregues aos pacientes do programa”, afirmou a coordenadora da Clínica Escola, enfermeira Zoraide Rocha.
Pelo PAMGC, são realizadas consultas de Enfermagem, atendimento multiprofissional pelos residentes, orientações e preparação para o automonitoramento. Zoraide explica que o programa atua na Universidade há 12 anos e atende em torno de 1,7 mil pacientes por mês, em uma parceria com a Prefeitura de Criciúma e Governo do Estado.
No local, os pacientes recebem insulina (NPH e Regular), fitas para hemoglicoteste, glicosímetro, lancetas, lancetadores, agulhas para insulina caneta, seringas agulhadas e também todas as orientações necessárias do grupo de enfermagem sobre manuseio dos equipamentos e orientações sobre o uso da insulina, armazenamento, preparo, administração, locais de aplicação, descarte correto de agulhas e seringas, o uso do glicosímetro, entre outras orientações.
A coordenadora conta que até agora, em 2021, foram realizados 18.258 atendimentos pelo PAMGC. “Houve, também, o ingresso de 441 novos pacientes no programa também neste ano, ou seja, recebemos, em média, três pacientes novos por dia”, contou.
Oportunidades
Além de disponibilizar serviços e facilidades a quem enfrenta no dia após dia o diabetes, o PAMGC e outros espaços da Universidade são base para pesquisas acadêmicas. Alunos de graduação, mestrado e doutorado podem desenvolver seus estudos com os dados e as análises oportunizadas na Instituição.
O programa atende pessoas com diabetes mellitus tipo 1, tipo 2 e gestacional. Também pacientes transplantadas que necessitam realizar o controle glicêmico e pacientes renais crônicos.
Diabetes
A crescente prevalência de diabetes em todo o mundo é impulsionada por uma complexa interação de fatores socioeconômicos, demográficos, ambientais e genéticos. O Diabetes Mellitus (DM) é uma síndrome do metabolismo, de origem múltipla, decorrente da falta de insulina ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos. O Brasil é o 5º país em incidência de diabetes no mundo, com 16,8 milhões de doentes adultos (20 a 79 anos), perdendo apenas para China, Índia, Estados Unidos e Paquistão. A estimativa da incidência da doença em 2030 chega a 21,5 milhões. Esses dados estão no Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF).
Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing
14 de dezembro de 2021 às 16:47