Medicina

Prof. João Quevedo participa do American Psychiatry Association 166th Annual Meeting

Prof. João Quevedo participa do American Psychiatry Association 166th Annual Meeting
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O American Psychiatry Association 166th Annual Meeting, que é o maior congresso mundial da especialidade, ocorreu nesse ano em São Francisco, CA, USA (18 à 22/05/2013). Na ocasião foi lançada a 5ª revisão do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders – DSM).

O DSM é um manual para profissionais da área da saúde mental que lista diferentes categorias de transtornos mentais e critérios para diagnosticá-los, de acordo com a Associação Americana de Psiquiatria (American Psychiatric Association - APA). É usado ao redor do mundo por clínicos e pesquisadores bem como por companhias de seguro, indústria farmacêutica e pelos governos. Existem quatro versões do DSM desde sua primeira publicação em 1952. A maior revisão foi a DSM-IV publicada em 1994, apesar de uma revisão textual ter sido produzida em 2000 (DSM-IV-TR). A seção de transtornos mentais da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde - CID (International Statistical Classification of Diseases and Related Health Problems – ICD) é outro manual comumente usado, especialmente fora dos EUA. Entretanto, em termos de pesquisa e ensino em saúde mental, o DSM continua sendo a maior referência da atualidade.

A nova e quinta revisão do DSM, que foi publicada nesse final de semana, durante o congresso, tem como chefe o Prof. David Kupfer, psiquiatra da Universidade de Pittsburgh, EUA, e especialista em transtornos do humor e do sono. Segundo o Prof. Kupfer, mesmo com o auxílio de 1.500 especialistas em psiquiatria e após uma década de discussões, as mudanças propostas pelo DSM de Kupfer desagradaram a muitos. Uma das decisões mais controversas tem relação com as regras para diagnóstico da depressão: antes, pessoas que estavam de luto não poderiam ser consideradas doentes, mesmo apresentando os sintomas. Na quinta versão do DSM, essa exclusão não é mais válida. "Remover a exclusão do luto ajuda a prevenir que a depressão deixe de ser diagnosticada em certos pacientes, e facilita que eles recebam tratamento adequado", diz Kupfer, em entrevista ao site de VEJA.

Para o Prof. Quevedo, coordenador do Curso de Medicina e do Laboratório de Neurociências da UNESC, “estar presente em um momento tão significativo da história da Psiquiatria é uma oportunidade única, que permite compreender in loco a natureza e profundidade das mudanças nessa nova versão do DSM”. Além das atividades relacionadas ao novo DSM, o Prof. Quevedo priorizou participar de atividades do congresso que tenham foco clínico, com especial atenção à esquizofrenia, transtorno do humor bipolar, depressão e quadros psiquiátricos na gestação e pós-parto. “No congresso americano costumo ter um olhar mais voltado para o cuidado com o paciente e por consequência para o ensino de Psiquiatria na graduação”, completa o Prof. Quevedo, que retorna às atividades da Universidade nessa sexta-feira.

23 de maio de 2013 às 10:05
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