Técnicos do Iparque Unesc farão o cadastro imobiliário de Maracajá
Alinhada aos propósitos de Universidade comunitária, a Unesc vem atuando decisivamente junto aos municípios do Sul de Santa Catarina. Nessa lógica, de contribuir com o desenvolvimento, uma equipe de técnicos do Parque Científico e Tecnológico (Iparque) tem realizado a atualização do cadastro imobiliário de Maracajá.
Para o coordenador do Centro de Engenharia e Geoprocessamento (Cegeo) do Iparque, Jóri Ramos Pereira, o trabalho será realizado de uma forma organizada com o objetivo de produzir um cadastro de imóveis que mostre a real situação da ocupação territorial e urbana. “Nossos técnicos estarão percorrendo toda a cidade para produzir um cadastro completo com todos os imóveis e propriedades existentes. Com os dados atualizados a administração municipal poderá planejar a gestão e a aplicação dos recursos públicos”, esclareceu.
As visitas começarão pelo Bairro Beatriz. Segundo a secretária de Administração e Finanças do município, Edilane Rocha Nicoleite, a previsão é que cerca de 3 mil residências serão visitadas para a coleta de dados.
Para garantir a segurança dos moradores, os técnicos do Iparque Unesc estarão devidamente identificados com coletes, crachás e material de medição, além do veículo identificado. “A contribuição da população será muito importante para a execução dos trabalhos. Por isso pedimos à população que receba bem os pesquisadores”, apontou a secretária.
A parceria entre o Iparque Unesc e a prefeitura de Maracajá foi firmada nesta quarta-feira (1º/9), no gabinete do prefeito Anibal Brambila. Com o novo cadastro, será possível definir uma melhor prestação de serviço para a população. “O último levantamento foi realizado em 2013. Com o cadastro imobiliário atualizado poderemos aplicar melhor os recursos em prol dos moradores da nossa cidade”, informou o prefeito.
Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing
01 de setembro de 2021 às 21:48Congresso Ibero-Americano debate internacionalização no ensino superior
A programação do 4º Congresso Ibero-Americano de Humanidades, Ciências e Educação da Unesc, segue com debates pertinentes à educação superior e à sociedade. Na mesa redonda da manhã desta quarta-feira (25/8), os professores doutores convidados debateram com o público o tema “Internacionalização Solidária ou Internacionalização Subordinada”.
A mesa redonda teve a participação da doutora em Ciências Sociais, pesquisadora do Conselho Nacional de Investigação Científica e Tecnológica e professora da Universidade de Buenos Aires, Daniela Vanesa Perrotta; da doutora em Educação, coordenadora do Centro de Estudos em Educação Superior da PUC/RS e professora da mesma instituição, Marília Costa Morosini; e do doutor em Fundamentos Filosóficos da Educação, coordenador do grupo de pesquisa Mediações Pedagógicas e Cidadania e professor da Universidade de Caxias do Sul, Danilo Romeu Streck.
A mediadora do debate, professora doutora do Programa de Pós-graduação em Educação (PPGE) da Unesc, Graziela Giacomazzo introduziu o tema, explicando que a sugestão da mesa redonda foi problematizar de forma crítica os caminhos percorridos e a percorrer no que se refere à internacionalização nas instituições de ensino superior, buscando refletir concepções e conceitos no contexto das universidades, internacionalizações possíveis que estão em curso e experiências na área.
A professora da Universidade de Buenos Aires afirma que a internacionalização solidária está vinculada à melhoria da soberania e autonomia universitária, científica e tecnológica e que uma das ferramentas para alcançar é a integração regional. “A internacionalização solidária se relaciona com integração regional, desenvolvimento sustentável, integral e inclusivo, ação e princípio da solidariedade e autonomia política. E não podemos esquecer que o direito à educação superior como bem público que o Estado deve garantir também permeia a internacionalização solidária”, afirma Daniela.
Já Marília, trouxe reflexões sobre o campo científico e como a sua análise é primordial para assuntos relacionados às universidades. Segundo a professora da PUC/RS, a internacionalização da educação superior ocorre nos níveis global, nacional, regional e institucional e pode se tratar de internacionalização integral, transfronteiriça, integração solidária, currículo e em casa (intercâmbio virtual). “O campo da internacionalização do ensino superior é movimento. O que nos move é realmente aquilo que chamamos de internacionalização para a integração solidária e que precisa ter a perspectiva da interculturalidade, compreendida como o respeito ao outro e não simplesmente aceite”.
Streck abordou as diferenças entre a internacionalização solidária e a subordinada e salientou alguns pontos entre elas. Segundo ele, especialmente nas universidades da América Latina ainda há fortes indícios da chamada internacionalização solidária, como: fluxo desigual de estudantes e pesquisadores (há poucos alunos e docentes de outros países nas universidades latino-americanas); predomínio da perspectiva eurocêntrica nas referências acadêmicas (são referências consideradas mais fortes, mesmo que nos países de origem sejam autores pouco conhecidos); acesso desigual a fontes de pesquisa devido à fatores econômicos e linguísticos; proficiência linguística insuficiente em algumas áreas para fazer a apropriação de fontes internacionais; e reduzida repercussão em outros continentes da produção acadêmica da América Latina.
O Congresso segue até sexta-feira (27/8) com conferências, mesas redondas, grupos temáticos e lançamentos de obras. Todo o evento será transmitido ao vivo no canal do Youtube da Unesc TV e ficará disponível no canal.
Confira a programação e participe dos debates
Milena Nandi - Agência de Comunicação da Unesc
Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing
01 de setembro de 2021 às 09:22Desafios do ensino superior e suas intersecções com os movimentos sociais
O segundo dia do 4º Congresso Ibero-Americano de Humanidades, Ciências e Educação da Unesc, foi marcado por debates relevantes envolvendo a academia e a sociedade. No período da manhã, a mesa redonda “Desafios do Ensino Superior e suas Intersecções com os Movimentos Sociais”, trouxe as professoras doutoras da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Valeska Nahas Guimarães e Joana Maria Pedro e a professora doutora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Megg Rayara Gomes de Oliveira para abordar o assunto, compartilhando as experiências de cada uma com estudos sobre movimentos sociais envolvendo agricultores, mulheres, negros e população LGBT+.
A professora doutora Valeska Nahas Guimarães, pesquisadora associada do Laboratório de Educação no Campo e Reforma Agrária da UFSC, iniciou as falas da mesa redonda trazendo sua experiência com movimentos sociais do campo. Segundo ela, os movimentos sociais são expressão de uma ação coletiva decorrente de lutas sociopolíticas, econômicas ou culturais que viabilizam a expressão de demandas de parcelas distintas da população. A professora ressalta que a maior parte das lutas dos movimentos sociais presentes no decorrer da história não tiveram o devido acompanhamento acadêmico. “O dilema que se coloca é o de como estabelecer interrelações mais apropriadas e compatíveis para a proposta de compartilhamento dos saberes populares, trazidos pelos movimentos sociais, e adequação ao conhecimento científico e modelo civilizatório apropriado pelas Instituições de Ensino Superior, que se traduza em transformação social? ".
Na sequência, a professora doutora Maria Pedro Possui, também pesquisadora do Instituto de Estudos de Gênero, contextualizou as lutas e conquistas dos movimentos sociais, incluindo na década de 90, quando ativistas femininas conseguiram legitimar a “categoria gênero”, incluindo-a nos documentos das conferências sociais da ONU e conseguiu incluir no Plano Nacional de Educação para o período entre 2011 a 2020, os termos gênero e orientação sexual. “Isso foi uma luta, não só da militância, mas também das academias e das instituições. Entre movimentos sociais e academia temos tido um esforço. Entrar nas universidades foi uma das alternativas dos movimentos das mulheres e feministas e o ensino superior se enriqueceu com esta presença”.
A professora Megg Rayara Gomes de Oliveira, primeira mulher negra trans doutora em Educação do Brasil e uma das coordenadoras do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab) da UFPR, trouxe ao debate o cenário criado pelas políticas afirmativas, que oportunizaram acesso ao ensino superior para grupos da sociedade que tradicionalmente não fazem parte do corpo docente e discente das IES. “Tivemos conquistas com as políticas afirmativas para estudantes e hoje estamos dialogando sobre a implantação de políticas afirmativas nas vagas de professores. Temos que abrir o debate e discutir com a sociedade essas ausências. As universidades também precisam estar preparadas para receber estes alunos e estes professores”.
O Congresso segue até sexta-feira (27/8) com conferências, mesas redondas, grupos temáticos e lançamentos de obras. Todo o evento será transmitido ao vivo no canal do Youtube da Unesc TV e ficará disponível no canal.
Confira a programação e participe dos debates
Milena Nandi - Agência de Comunicação da Unesc
Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing
01 de setembro de 2021 às 09:16Projeto do curso de Teatro trabalha técnicas de comunicação com alunos do Colégio Unesc
Nem todas as pessoas se sentem à vontade para falar e interagir em público. Transportando isso para a realidade da sala de aula, foi criado pelo curso de Teatro da Unesc, o projeto de extensão “A linguagem teatral como formadora na comunicação verbal e corporal dos estudantes”. A iniciativa levará aos alunos do Ensino Médio do Colégio Unesc, técnicas para que se sintam mais seguros para apresentarem trabalhos e suas ideias, já pensando no futuro deles no ensino superior e no mercado de trabalho.
O projeto será desenvolvido em oito encontros quinzenais e híbridos (com alunos de forma presencial e virtual) envolvendo turmas da primeira a terceira série do Ensino Médio. O primeiro ocorreu na manhã desta terça-feira (31/8), na Sala de Dança 1 do Complexo Esportivo da Universidade.
O professor do curso de Teatro Luiz Gustavo Bieberbach Engroff, a coordenadora do curso, Aurélia Honorato e as acadêmicas Dariane Montovani (segunda fase) e Victória de Souza João (quarto semestre), vão oferecer aos alunos exercícios relacionados a técnicas de consciência e expressão corporal e de improvisação teatral, além de auxiliar os estudantes a exercitarem o ato de respirar corretamente e mostrar o comportamento adequado para os diversos tipos de situação.
Conforme Engroff, o objetivo é colaborar na construção de um sujeito mais consciente e adepto às mudanças e situações que se encontram no desenvolvimento escolar. Segundo ele, com a pandemia e o período de ensino remoto, os estudantes que já tinham algum receio em interagir em sala de aula, encontraram no ato de não abrir a câmera durante as aulas, uma maneira de não ser percebido. “Todo mundo quer ser visto e lembrado. A gente quer deixar um legado, mas é difícil se expor. Vamos trabalhar com eles e juntos, procurar onde estão os entraves”, comenta o coordenador. “O projeto pretende levar os alunos a reorganizarem a respiração para que aliado aos exercícios e técnicas teatrais de desinibição, possam controlar as tensões corporais e consigam uma performance mais tranquila”, complementa.
Para a coordenadora pedagógica do Ensino Médio do Colégio Unesc, Mainara Figueiredo Cascaes, a parceria com o curso de Teatro irá auxiliar os estudantes não apenas nesta fase, mas para o futuro acadêmico e profissional. “Saber se comportar perante uma plateia e em diversas ocasiões enquanto estudantes ou profissionais vai fazer a diferença para a vida deles”, reforça.
Milena Nandi – Agência de Comunicação da Unesc
Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing
01 de setembro de 2021 às 09:13