Movimento Prosperidade Sul Catarinense foi apresentado aos municípios da Amesc esta tarde (23)
O evento desta tarde reuniu, nas instalações do Grêmio Fronteira, em Araranguá, representantes políticos das câmaras de vereadores, da assembléia legislativa – como os deputados Altair Guidi, Manoel Motta e Décio Góes - e câmara federal – como os deputados Acélio Casagrande e Jorge Boeira; prefeitos da Amesc, Amrec e Amurel; secretários do desenvolvimento regional das quatro microrregiões, empresários de toda a região, representantes de movimentos sociais e das universidades, entre outros. O ministro da Integração Nacional Gedel Vieira Lima esteve representado pela secretária Márcia Damo e o governador Luiz Henrique da Silveira pelo secretário da SDR de Araranguá, Heriberto Schmitz.
O reitor da Unesc, Gildo Volpatto, fez o encerramento formal do evento. Falando em nome dos três parceiros, agradeceu a presença de todos, reafirmou o compromisso social das universidades e da RBS e convidou todos para a construção coletiva do sonho de integração e desenvolvimento da região. O pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão, Ricardo Pinho, assinou convênio e acordo de cooperação técnica entre a universidade, a Secretaria de Articulação Nacional e o Ministério de Integração Nacional.
Seminários
O evento de Araranguá é o segundo seminário de nivelamento onde o Movimento de Prosperidade Sul Catarinense é apresentado a uma microrregião, no caso, a Amesc. No mês passado, a apresentação foi em Braço do Norte. Os três próximos seminários acontecerão em Tubarão (13 de agosto), Laguna (10 de setembro) e Criciúma (22 de outubro). O seminário de consolidação do processo será em Gravatal (19 de novembro).
Os seminários de nivelamento servem para mostrar, com números estatísticos, como está a realidade regional e a importância de integrar sonhos e projetos para o seu desenvolvimento. Os palestrantes desta tarde foram o secretário de Articulação Nacional, Geraldo Althoff; a representante do ministro, Márcia Damo; o professor Demétrio Verani, da Unisul; o diretor da secretaria de Planejamento, Sérgio Sachetti; e Vladilen Vilar, do Instituto das Cidades.
Etapas
Além dos seminários de nivelamento, o Movimento Prosperidade Sul Catarinense prevê várias outras ações. Será promovida uma campanha publicitária, selecionados os projetos estratégicos que contribuam para a integração da região, elaborado o termo público de compromisso pluripartidário e multisetorial, estruturado um conselho permanente e promovido seminário de consolidação.
Critérios
A comissão técnica, formada por professores mestres e doutores da Unesc e Unisul, já elaborou os critérios que servirão para avaliar os projetos que prefeituras, empresas, ongs, sindicatos e outros apresentarem. No critério estruturação, serão observados os objetivos do projeto, justificativa, coordenação, proponentes, envolvimentos, viabilidade e vinculação. No quesito Integração, serão notados a abrangência geográfica, o equilíbrio sócio-econômico, os diferentes setores da sociedade envolvidos, socialização do conhecimento e integração dos recursos. No item desenvolvimento, serão levados em consideração auto-sustentabilidade, geração de emprego e renda, competência de gestão, atendimento ao cronograma e qualidade de vida.
Realidade Regional
O Estado de SC está organizado, segundo o IBGE, em seis regiões: Oeste, Norte, Vale do Itajaí, Região Serrana, Grande Florianópolis e Sul Catarinense. O Sul catarinense é composto por 44 cidades, organizadas em três associações: Amesc, Amrec e Amurel e em cinco regiões: Laguna, Braço do Norte, Tubarão, Criciúma e Araranguá.
Essas 44 cidades representam 15,02% dos municípios de Santa Catarina, estão situadas numa área de 9.722,45 km2, equivalentes a 10,2% do território catarinense; possuem uma população de 903.373 habitantes ou 14,9% do povo catarinense (IBGE/2008); e uma densidade de 92,9 habitante/km2. O PIB é de R$ 10.329,5 milhões, o que representa 11,1% do PIB catarinense; e o PIB per capita é de cerca de R$ 11.000,00, equivalente a -26,8% de SC.
A região também responde por 5,3% das exportações catarinenses, 9,1% das importações, gera 7,8% da receita federal e 7,3% do ICMS recolhido. O IDH médio é de 0,810 (PNUD/2000), que significa -1,5 abaixo do Estado. Esses números contribuem para que o Sul catarinense seja a penúltima região mais pobre de SC, perdendo apenas para a Região Serrana, cujo IDH é 0,782.
Fatores agregadores
Os 44 municípios que compõem o Sul catarinense têm vários fatores agregadores, que podem ajudar na integração e no desenvolvimento articulado. A diversificação econômica, o potencial energético, a faixa litorânea de Araranguá a Garopaba, a solidez do ensino universitário, a presença forte das etnias e os problemas comuns, são alguns deles. A história de cada um deles e a dissociação política regional são citados como elementos desagregadores, que dificultam a união.
Mais informações:
www.unesc.net/prosperidadesul
www.unisul.br/prosperidadesul 23 de julho de 2009 às 20:13
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