AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

Unesc entrega pleitos aos candidatos à prefeitura de Criciúma

“A Universidade é uma extensão da prefeitura. Ela não tem dono, é de todos e deve ser olhada com atenção”, assim pontuou a reitora Luciane Bisognin Ceretta aos candidatos à prefeitura de Criciúma, que visitaram a Unesc para receber os pleitos da instituição caso forem eleitos. A agenda com os sete candidatos encerrou nesta segunda-feira (9/11).  

Os candidatos a prefeito (a), Chico Baltazar (PT), Júlia Zanatta (PL) representada pelo vice, Dr. Alissom Pires (PSL), Cel. Cosme Manique Barreto (Podemos), Rodrigo Minoto (PDT),  Anibal Dário (MDB), Clésio Salvaro (PSDB) e Ederson da Silva (PSTU), estiveram na instituição em diferentes encontros e tiveram a oportunidade de apresentar seu plano de governo e conversar com os colaboradores. 

De acordo com a reitora, a importância de entregar os pleitos aos candidatos, reforçará a continuidade da parceria já existente entre Prefeitura e Universidade. “A Unesc tem inúmeras parcerias com a Prefeitura das quais retornamos para a comunidade em inúmeros atendimentos em saúde, cultura, esporte, tecnologia, educação, meio ambiente, entre outros. A Unesc é a única universidade comunitária da região e está em nossa essência contribuir com o desenvolvimento econômico, social, cultural e ambiental destes municípios”, comentou Ceretta.



Confira os pleitos elencados pela instituição:

a)            Defesa à Unesc Comunitária e da região: apoio irrestrito à Unesc, uma Universidade Comunitária, democrática, plural e participativa, que não tem fins lucrativos e reinveste os seus resultados nas suas atividades fins, ou seja, no ensino, na pesquisa e na extensão de excelência, que colaboram com o poder público nas áreas da saúde, educação, cultura, meio ambiente, emprego, ampliação da renda e tecnologia. É uma universidade criada e mantida pela sociedade civil, que além de oferecer ensino de qualidade, desenvolve a pesquisa de reconhecimento nacional e internacional, além de contribuir para o desenvolvimento local e regional há 52 anos. Neste sentido, apoiar a Unesc é defender o patrimônio intelectual desta região e que é resultado de lutas protagonizadas pela sociedade criciumense. Assim, defender a Unesc é defender a própria cidade de Criciúma.

b)           Apoio à permanência das bolsas de estudo para estudantes carentes da UNESC: solicitamos o apoio à manutenção da bolsa de estudos da Prefeitura Municipal de Criciúma, conforme previsto na Lei Orgânica Municipal, que anualmente permite o acesso e a permanência estudantil para mais de 600 estudantes carentes no ensino superior de qualidade, na UNESC. A educação superior é comprovadamente critério essencial para o desenvolvimento socioeconômico.

c)            Apoio à Pesquisa Científica e à Extensão Universitária: incentivar parcerias do Poder Público Municipal com a Unesc nas áreas da cultura, lazer, esporte e saúde, por meio de convênios e incentivos de projetos de extensão e pesquisa. Desenvolvimento de projetos e parcerias na área de prestação de serviços, por meio do Iparque, para a melhoria da qualidade de vida da municipalidade, incluso com projetos de captação de recursos aos municípios.

d)           Apoio ao Ambulatório de Fibromialgia: a Unesc implantou recentemente um Ambulatório de Fibromialgia com uma equipe multidisciplinar composta por enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos, e médicos. Profissionais que atendem, mensalmente, 300 pessoas. Solicitamos apoio financeiro por meio de convênio para o custeio do ambulatório.

e)           Apoio à Mobilidade Urbana:  melhorar a mobilidade urbana no entorno do campus da Unesc, oportunizando melhores condições entre pedestres e veículos nas entradas do campus.

f)            Apoio à Gestão de Serviços Municipais: a Unesc se coloca à disposição para apoiar, por meio de parcerias e convênios, a gestão de serviços prestados pelo município que possuam articulação com as atividades desenvolvidas pela Unesc nas diversas áreas de conhecimento.

g)            Apoio para ampliação dos locais de Estágios na área da saúde:  manutenção e ampliação dos locais de estágios da área da saúde para os cursos de graduação da Unesc.

h)           Apoio à manutenção dos serviços conveniados entre UNESC e PMC: manutenção e ampliação do convênio para Ambulatório de Feridas, Programa de automonitoramento glicêmico para diabéticos e o Núcleo de promoção da saúde e prevenção da violência.

i)             Formação continuada para os professores da educação básica: constituição de parcerias para formação continuada de professores da educação básica, por meio da Unesc.

j)             Apoio à ampliação de projetos ambientais em parceria com Unesc: estabelecer parceria no que tange questões que envolvem meio-ambiente, recuperação das áreas degradas, revitalização do Rio Criciúma, dentre outros.

k)            Apoio na atualização do Projeto Nascentes: reformulação do plano integrado de identificação de nascentes no território de Criciúma, em parceria com a Unesc.

l)             Apoio na governança do Plano de Desenvolvimento Socioeconômico da Amrec: apoio à governança e implementação dos projetos estratégicos para Criciúma, resultantes do Plano de Desenvolvimento Socioeconômico da Amrec.

m)          Apoio ao esporte, qualidade de vida e saúde para todos: apoio a projetos de ampliação do esporte como qualidade de vida e saúde para todos, em parceria com a Unesc.

n)           Apoio ao fortalecimento do ecossistema de inovação: este apoio requer incentivos no desenvolvimento da inovação, tendo a Universidade como um espaço de convergência das diferentes iniciativas a partir da pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias. A Prefeitura Municipal de Criciúma poderá se colocar como articuladora de incentivos.

o)           Apoio ao desenvolvimento do turismo regional: estabelecer proposta de turismo integrado regionalmente, evidenciando as especificidades do patrimônio cultural e grupos étnicos de cada munícipio utilizando a expertise da Unesc para auxiliar no desenvolvimento desse setor.

p)           Priorização da produção de energia limpa e renovável: investimento em parque solar para geração de energia fotovoltaica. A Unesc coloca à disposição seus programas de Mestrado e Doutorado para o desenvolvimento de soluções nesta área.

Paula Darós Darolt - Agência de Comunicação da Unesc

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

09 de novembro de 2020 às 16:25
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Estudantes da Unesc realizam OdontoBurguer, em prol do Asilo São Vicente de Paulo

Estudantes da Unesc realizam OdontoBurguer, em prol do Asilo São Vicente de Paulo
Drive thru de hambúrgueres ocorreu no Salão Paroquial da Igreja Santa Bárbara, sábado (Fotos: Milena Nandi) Mais imagens

Ser solidário é sentir que pode fazer algo a mais pelo próximo, é ir além e se responsabilizar a ajudar o outro. E foi exatamente isso que alunos e professores do curso de Odontologia da Unesc demonstraram ser, com o OdontoBurguer, neste sábado (7/11). Um grupo de 22 professores, acadêmicos e egressos do curso, com a parceria da direção do Asilo São Vicente de Paulo, de Criciúma, realizaram um evento para a arrecadação de fundos para a Instituição de Longa Permanência.

Nele, foram vendidas três opções de combos com hambúrguer artesanal, batata frita e refrigerante. Tudo preparado com muito carinho e seguindo as normas de biossegurança. As retiradas foram através de um drive thru, no Salão Paroquial da Igreja Santa Bárbara. E a iniciativa deu tão certo que às 19h15 os organizadores não puderam mais aceitar pedidos, pois a meta de 400 unidades havia sido ultrapassada, chegando à venda de 450 hambúrgueres.

A iniciativa foi uma proposta do próprio Asilo, que procurou o curso para uma ação similar a da venda de pizzas realizada em agosto em prol do Bairro da Juventude. Diante desta proposta, o Centro Acadêmico de Odontologia reuniu  um grupo de estudantes e professores para dar vida à ação.

União em prol do bem comum

A iniciativa foi acompanhada de perto pela reitora da Unesc, Luciane Bisognin Ceretta, que considera ações como a OdontoBurguer especiais. Para ela, iniciativas como esta reforçam o papel de uma Universidade Comunitária e colaboram com a formação de profissionais mais conscientes de seu papel social. “Estar aqui e poder ver um verdadeiro movimento pelo bem enche a todos nós, professores e gestores de orgulho pelos alunos diferenciados que a Unesc tem. Isso também é ser e viver uma Universidade Comunitária”.

A diretora de Extensão, Cultura e Ações Comunitárias da Unesc, Fernanda Sônego, também é professora do curso de Odontologia e fez parte do grupo que realizou o OdontoBurguer. Para ela, a ação com o Asilo São Vicente de Paulo tem um significado amplo para a entidade, para o curso de Odontologia e para a Unesc e mostra a importância da atuação comunitária da Universidade. “Nesta ação mostramos o potencial e a importância de uma Universidade Comunitária. Reforçamos a função institucional e a capacidade de auxiliar a comunidade. Com a pandemia, os projetos desenvolvidos com os idosos não puderam ocorrer e esta ação foi uma maneira de fazer a diferença e retribuir o carinho que nossos alunos e professores recebem do Asilo”.  

O evento ocorreu das 15 às 21 horas, mas para garantir que tudo ocorresse dentro do planejado, acadêmicos e professores chegaram de manhã cedo ao Salão Paroquial da Igreja Santa Bárbara. À frente dos trabalhos na cozinha esteve o professor Leonardo Mezzari, que salientou a importância da união para o sucesso da ação. “Os acadêmicos de Odontologia estão de parabéns e merecem todos os méritos. Tivemos um apoio enorme da Diretoria de Extensão, Cultura e Ações Comunitárias da Unesc, que cedeu equipamentos e doou todos os equipamentos de proteção individual, além da coordenação do curso, que emprestou diversos materiais e doou aventais descartáveis, máscaras, luvas e protetores faciais e dos parceiros que fizeram doações em dinheiro e ingredientes. Saber que vamos conseguir ajudar o Asilo nesse momento é bom demais. Fazer o bem é muito gratificante”.  

Para a coordenadora do curso, Morgana Machado Guzzatti, a ação nasceu do um protagonismo estudantil e teve a adesão de várias pessoas. “Vivemos um momento desafiador e é muito bom termos professores e acadêmicos que abraçam causas tão nobres. Isso é importante também para a formação de nossos estudantes como profissionais comprometidos com a sociedade e conscientes de que antes de tudo deve estar o ser humano”.

Estudantes em ação

O Centro Acadêmico de Odontologia, promotor do evento, mobilizou estudantes de diversas fases do curso para a ação. Segundo o presidente do CA, Willian Burato Bressan, o Centro Acadêmico sempre teve a característica de abraçar causas sociais. "O Asilo chegou com esta necessidade de arrecadar fundos, já que em virtude da pandemia houve uma redução de recursos financeiros. Então pensamos como poderíamos ajudar e surgiu a ideia de um drive thru de hambúrgueres. Construímos essa ação de forma coletiva e por isso tivemos um resultado tão bom”, comenta Bressan.

A secretária do CA de Odontologia, Laura Rodrigues de Souza, lembra que os acadêmicos vêm realizando atividades no Asilo São Vicente de Paulo há mais de três anos, como visitas, festas, passeios, palestras, escovação supervisionada com os idosos

Apoio

A iniciativa teve o apoio dos supermercados Manentti e Giassi; da padaria Bom Pão; da Indústria Pães Magaldi; da Usina Alto Alegre; da empresa Plazapel Soluções em Descartáveis; da Volts Materiais Elétricos; da Farmácia FlauFarma e da hamburgueria Gold Burguer. Realizaram as doações os professores Renan Ceretta, Fernanda Sônego e Gabriel Gastaldon, além de Mezzari e Morgana.

O evento foi promovido pelo Centro Acadêmico de Odontologia da Unesc, com apoio do curso de Odontologia e da Diretoria de Extensão, Cultura e Ações Comunitárias.

Milena Nandi – Agência de Comunicação da Unesc

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

07 de novembro de 2020 às 22:48
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Surpresas e emoção marcam o último dia de aula dos estudantes do Terceirão do Colégio Unesc

Surpresas e emoção marcam o último dia de aula dos estudantes do Terceirão do Colégio Unesc
Eduarda e a mãe, Denise, participaram de um café da manhã durante encontro virtual (Fotos: Milena Nandi) Mais imagens

Um misto de alegria por tudo o que viveu e “saudade antecipada” da turma e dos professores invadiu a estudante da terceira série do Ensino Médio do Colégio Unesc, Eduarda Hilário Albino. E ela não está sozinha nisso. Na manhã desta sexta-feira (6/11), Eduarda e a mãe, Denise Nonnenmacher Hilário Albino viveram momentos de muita emoção durante um café da manhã organizado pela equipe do Colégio Unesc. De maneira virtual, mas não menos próxima, Eduarda e Denise compartilharam sorrisos, lágrimas, afeto e lembranças com os outros alunos e pais, além de professores.

O último encontro do Terceirão do Colégio Unesc antes da formatura – de forma virtual – marcada para 3 de dezembro, foi recheado de surpresas. Durante o evento, Eduarda e os demais estudantes abriram uma caixa que receberam dos professores e direção do Colégio Unesc. Dentro, um bolo de pote, um texto escrito pelos professores e fotos da turma antes do início da pandemia, em aula presencial, e durante o período de distanciamento social, em sala de aula virtual.

Mais tarde, os alunos acompanharam um vídeo de homenagem e receberam uma caixa de memórias organizada pelos pais, com fotos, textos, documentos, uniformes antigos e objetos simbolizando a caminhada deles no Colégio Unesc. “Recebi a caixa ontem (5/11) do Colégio Unesc mas não abri. Não imaginava o que seria e não esperava por isso tudo, até uma caixa surpresa que a minha mãe fez. Foi bem emocionante. Chorei muito e na formatura sei que vou chorar mais ainda”, comentou Eduarda.

Um dos motivos da emoção da estudante é a amizade com a turma e a parceria fortalecida, inclusive com professores, durante o momento que estamos passando com a pandemia de Covid-19. “Desde que a gente entra na escola espera pelo Terceirão e com a pandemia, tivemos que mudar os planos. Mas a minha turma é muito boa e unida e conseguimos ter um período de muito aprendizado e crescimento”, comenta. Mas a pandemia não afetou os planos de futuro de Eduarda. Tanto que ela já se matriculou para o curso de Biomedicina da Unesc. “Estou no Colégio Unesc desde o quinto ano do Ensino Fundamental e tive a possibilidade de conhecer a Universidade e a estrutura, laboratórios. Isso ajudou na escolha pelo curso e estou animada com o curso superior. Vou continuar tendo contato com muitas pessoas, inclusive uma das minhas amigas vai fazer Biomedicina também”, conta. 

Para Denise, o momento marca uma importante conquista para toda a família. Ela explica que inicialmente, ficou temerosa pelo futuro escolar da filha. “A situação foi nova para todos. Para eles, a família e os professores. Como professora sei dos desafios do ensino, e neste momento, que foi fundamental para que atravessássemos este momento de distanciamento, de aulas mediadas por tecnologia e da saudade que os alunos sentiram da escola, dos colegas e dos professores. O sentimento que tenho é de gratidão à escola, aos amigos do colégio, aos professores, pais e direção”, afirma Denise.

Professores realizados

Segundo a diretora do Colégio Unesc, Giselle dos Passos Vieira, Nesta semana eles estiveram no Colégio para as fotos do convite da formatura. Na quinta-feira (5/11) a coordenadora pedagógica e o regente da turma entregaram a caixa surpresa na casa de cada estudante. “Combinamos com todos os pais para que hoje os alunos estivessem rodeados da família, que a caixa de memórias fosse construída e que eles estivessem juntos e sentissem o quanto são importantes e amados pelo Colégio, pelos professores e pelos pais e o quanto eles ficaram marcados na história da escola. Nosso objetivo era proporcionar um momento para o resgate de toda a trajetória escolar, experimentando mesmo que de forma virtual um momento marcante com memórias significativas, e fechamento de um ciclo importante na vida deles. Nossos alunos e alunas demonstraram durante todo o ano sua garra, determinação, criticidade e criatividade para superar todos os desafios que surgiram no caminho”.

 A coordenadora pedagógica do Ensino Médio do Colégio Unesc, Mainara Cascaes Figueiredo afirma que o último dia de aula do Terceirão é um momento marcante na vida escolar dos alunos. “Parte da vida deles é construída dentro na escola. Normalmente os melhores amigos, as primeiras leituras, primeiras dificuldades, às vezes os primeiros amores e por 13 anos da vida eles estiveram no ambiente escolar. O fim do Ensino Médio, o último dia é um misto de felicidade e sentimento de enfrentar o novo. Estarão saindo de seu ambiente de conforto para enfrentar um novo mundo, seja na graduação ou no mercado de trabalho”, afirma.

Mainara salienta ainda que a pandemia trouxe um novo desafio e que os estudantes não puderam participar de eventos tradicionais do Colégio Unesc como a Festa de Inverno e os Jogos Escolares. Por isso, a preocupação de fazer, ao longo do ano letivo, atividades e eventos online que pudessem aproximar, além de momentos como a entrega de materiais por meio de drive thru, que possibilitou que professores e alunos se vissem, mesmo que não pudessem ficar próximos fisicamente. 

Os regentes da turma, professores Eloísa da Rosa Oliveira e Luan Alves da Silva também participaram do café da manhã e conversaram com os estudantes e pais, agradecendo pelo empenho de cada um e destacando as características diferenciadas dos estudantes, como a avaliação crítica e dedicação.

Milena Nandi - Agência de Comunicação da Unesc

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

06 de novembro de 2020 às 17:27
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PPGD e PPGDS da Unesc promovem debate sobre políticas públicas e cidadania

PPGD e PPGDS da Unesc promovem debate sobre políticas públicas e cidadania
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A sétima edição do Colóquio em Políticas Públicas, Gestão Social e Direitos Sociais foi realizada nesta quarta-feira (4/11) e contou com a participação da professora doutora Caroline Müller Bitencourt, do Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade de Santa Cruz do Sul (PPGD/Unisc).

O “Papel da participação e do controle social na reconstrução do Estado Social pós-pandemia” foi o tema do debate proposto pela professora, que destacou a importância de se pensar os meios de se aprimorar e efetivar a participação do cidadão no controle social das políticas públicas estatais. O envolvimento seria por meio dos conselhos de direitos, visando reconstruir as bases de um Estado Social mais democrático e participativo no pós-pandemia.

Caroline dividiu a sua exposição em três momentos. No primeiro, resgatou as razões históricas, políticas e econômicas que levaram a defesa do Estado Social especialmente após as Primeira e Segunda Guerra Mundial. Para a professora as razões e os atores que reconstruirão o Estado Social pós-pandemia não serão os mesmos do passado. Será necessário encontrar uma narrativa adequada para a reconstrução do Estado brasileiro devido a uma crise já existente a partir das reformas trabalhistas e previdenciárias, mas que foi potencializada pela pandemia.

No segundo momento, a professora fez uma análise do atual estado que nos encontramos para identificar as narrativas para a construção de um Estado Social pós-crise. E no momento final, Caroline coloca o controle social como um dos elementos necessários para reconstrução do Estado Social, apesar da crise política e democrática que assola o país.

Caroline explicou ainda que as políticas públicas dependem do modelo de Estado que for implantado. Quanto mais o Estado for social, maior será o investimento e o protagonismo das políticas públicas. “As políticas públicas devem estar no centro dos debates de reconstrução dos Estados para o enfrentamento de todas as crises decorrentes, seja política, democrática ou mesmo econômica”, frisou.

Com vários exemplos de políticas públicas como educação, saúde e assistência social, a professora detalhou as características das políticas sociais para o desenvolvimento do Estado. Destacou a importância de as políticas serem inclusivas e destinadas a todos, por isso a necessidade de se combater as narrativas populistas que se colocam contra o Estado social.

 A convidada também ressaltou também que toda política pública precisa de tempo e planejamento para dar os resultados almejados, além da necessidade de se realizar o controle social para fiscalizar os investimentos realizados. “Precisamos rediscutir qual o papel do Estado, qual o papel da prestação de serviços públicos através das políticas públicas para ser estabelecida uma agenda de prioridades para depois se partir para a tomada decisões”, destacou.

O professor Reginaldo de Souza Vieira, coordenador adjunto do PPGD (Programa de Pós-Graduação em Direito) e professor do PPGDS (Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento socioeconômico), destacou a importância da fala da professora Caroline para os mestrandos e doutorandos das disciplinas de Políticas Públicas e Participação Popular, e Gestão Social e Políticas Sociais. O professor mencionou ainda que colóquio foi organizado pensando-se também nos acadêmicos da graduação e nos pesquisadores das redes de pesquisas nas quais a Unesc se insere através de seus programas de pós-graduação.

Vieira ressaltou a importância de se fortalecer o controle social e as dificuldades de se implementá-lo pois significaria o compartilhamento do poder com a comunidade. Para o professor o papel da academia e da inserção social são fundamentais para contribuir no processo de fortalecimento da sociedade ao exercício da cidadania. “O curso de lideranças sociais e comunitárias que vem sendo desenvolvido pelo PPGD vem buscando o empoderamento da sociedade civil em defesa das políticas públicas e sociais com a capacitação de conselheiros e conselheiras aptos a atuar na defesa dos direitos do cidadão”, destacou.

O professor Dimas de Oliveira Estevam, professor e coordenador adjunto do PPGDS, agradeceu a professora pela esclarecedora exposição e comentou da importância do debate devido às desinformações que circulam nos meios de comunicações e nas mídias sociais. Para Dimas, apesar de vivermos na sociedade da informação, vivemos desinformados porque não temos acesso às informações, mas sim às narrativas das informações. “Os países que apresentam os melhores indicadores sociais são os países que apresentam as melhores políticas públicas, as melhores políticas sociais”, frisou.

O evento contou com 170 inscritos de todas as regiões do Brasil (Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Goiânia, Pará, Amazonas, Roraima, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo) e do exterior (Argentina, Colômbia, Portugal e Indonésia). Além de 24 programas de pós-graduação brasileiros e estrangeiros. Participaram do colóquio lideranças comunitárias e sociais, profissionais da área do direito, ciências humanas e sociais, educação, ciências sociais aplicadas, engenharias e saúde.

O Colóquio em Políticas Públicas e Gestão Social  é uma iniciativa do NUPED (Núcleo de Estudos em Estado, Política e Direito) e contou com o apoio do PPGD (Programa de Pós-Graduação em Direito), PPGDS (Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Socioeconômico), LADSSC (Laboratório de Direito Sanitário e Saúde Coletiva), GIDAFEC (Grupo de Pesquisa Interdisciplinar Desenvolvimento Socioeconômico, Agricultura Familiar e Educação do Campo, Curso de Direito Unesc, Centro Acadêmico de Direito.

A professora Caroline Müller Bitencourt possui Estágio Pós Doutoral pela Pontifícia Universidade Católica, PUCPR (2019). É Doutora (2012) e Mestra (2009) em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul, UNISC. Especialista em Direito Público pela Universidade de Passo Fundo, UPF (2007). Graduada em Direito pela Universidade de Cruz Alta, UNICRUZ (2005). Professora da Graduação e do Programa de Pós-Graduação em Direito (Mestrado e Doutorado) da Universidade de Santa Cruz do Sul, PPGD/UNISC.

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

06 de novembro de 2020 às 16:38
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Unesc colabora na recuperação ambiental de mais de 140 hectares em Treviso e Siderópolis

Unesc colabora na recuperação ambiental de mais de 140 hectares em Treviso e Siderópolis
Estudos para recuperação e apoio a fiscalização das obras foram realizadas por equipe multidisciplinar (Fotos: Milena Nandi) Mais imagens

O Sul de Santa Catarina teve recentemente, a conclusão das obras de recuperação ambiental de duas áreas degradadas pela mineração que juntas somam mais de 140 hectares. As obras nos espaços, localizados em Treviso e Siderópolis, foram realizadas a partir de estudos e do Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD) elaborados pelo Instituto de Pesquisas Ambientais e Tecnológicas (Ipat) do Parque Científico e Tecnológico da Unesc (Iparque). Os técnicos do Ipat ainda auxiliaram a equipe de Criciúma do Serviço Geológico do Brasil/Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (SGB/CPRM) apoio à fiscalização das obras.

 A maior área, com 120 hectares, fica em Treviso. O terreno, localizado no interior do município, começou a receber as obras em 2016. A conclusão se deu no fim de 2019. Já em Siderópolis, a área de 20 hectares localizada em um espaço mais urbanizado, as obras ocorreram em duas etapas: de 2014 a 2016 e de 2019 a setembro de 2020.

O técnico do SGB/CPRM e engenheiro civil, Geovani de Costa, explica que as áreas em Treviso e Siderópolis foram mineradas pela Carbonífera Treviso S/A, e que como se trata de uma massa falida, uma ação civil pública determinou que a União realizasse a execução e fiscalização das obras de recuperação ambiental, uma vez que ela deveria ter fiscalizado a atividade no passado. Por ser área minerada, a ação foi para o Ministério de Minas e Energia (MME) e como o SGB/CPRM já atua na região, o MME entendeu que a gerência da recuperação ficasse conosco”, explica.

A concepção do projeto

O coordenador do Centro de Engenharia e Geoprocessamento (Cegeo) do Ipat, Jóri Ramos, conta que a equipe multidisciplinar envolvida na elaboração do estudo, desenvolvimento do projeto e no assessoramento técnico para a fiscalização das obras é composta por profissionais das engenharias Civil, de Agrimensura, Ambiental e Química, além de Agronomia, Biologia e Geologia.

O Prad elaborado pelo Ipat indicou a utilização de técnicas de bioengenharia para a recuperação das áreas degradadas. Também deu a preferência para utilização de plantas nativas da região, com um mix de espécies de verão e de inverno, para que a área tenha cobertura vegetal o ano todo.

Ramos reforça a importância da entrega destas duas obras para a região Sul de Santa Catarina, uma vez que estas, trazem benefícios socioambientais. “Eram áreas inutilizadas e com potencial degradante muito forte. Com as medidas implementadas, o ambiente se tornou melhor. O cenário da região começa a ser modificado e a Unesc como universidade comunitária, tem também o papel de contribuir nesta reconstrução”, afirma.

O processo indicado pelo Prad foi o de cobertura seca. O coordenador do Cegeo explica que nesta técnica, o estéril que está em contato com as áreas de preservação permanente (APP), como margens dos rios é totalmente retirado. Já no interior do terreno, com a impossibilidade de tirar toda essa camada de resíduos, é realizado o nivelamento da camada de estéril, posteriormente coberto com uma camada de argila para que assim, evite o acesso da água ao material estéril. “Isso impede que o estéril reaja com a água e assim, ela se torne ácida, contaminado as águas subsuperficiais. Na região, a drenagem ácida é o maior problema que temos relacionado ao passivo ambiental da mineração”, explica Ramos

Os estudos indicaram ainda a remodelagem topográfica do terreno permite o disciplinamento das águas de chuvas para os sistemas de drenagem pluvial, contribuindo com a minimização da infiltração da água no sistema. “O desafio em uma área tão grande é fazer com que a água da chuva vá até os cursos hídricos sem ter contato com a camada poluente”.

Técnicas modernizadas  

O técnico do SGB/CPRM e engenheiro civil, Geovani de Costa, conta que o processo de recuperação ambiental de áreas degradadas no Sul de Santa Catarina iniciou há 20 anos e ao longo do tempo, as técnicas utilizadas foram melhorando e se modernizando. Segundo ele, as águas subterrâneas são a maior preocupação, uma vez que a drenagem ácida inviabiliza a vida aquática e o uso da água para diversas atividades. “Todo o trabalho é realizado com o objetivo de trazer benefício para a sociedade. Ao falar de recuperação ambiental estamos nos referindo também à qualidade de vida da população que mora no entorno destas áreas”, salienta.

Costa explica que o passo seguinte à conclusão das obras é realizar o monitoramento de cada área por cinco anos, com coletas e análise de água superficial e subterrânea, verificação da regeneração natural da vegetação, e análise do retorno da fauna e flora. Ao final deste período, os resultados das análises das amostras e demais informações serão encaminhadas ao Instituto de Meio Ambiente de Criciúma (IMA-SC) para avaliação. É o órgão quem dá o parecer final sobre a eficácia da recuperação ambiental e a liberação da área para ser devolvida à sociedade. “A modificação do ambiente já é perceptível ainda durante as obras de recuperação. Durante o processo na área do Rio Pio (em Treviso), já conseguimos perceber a melhora na qualidade da água. As análises demonstraram que o pH da água já estava menos ácido que anteriormente”, revela.

Milena Nandi – Agência de Comunicação da Unesc

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

06 de novembro de 2020 às 15:49
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