Unesc entrega o primeiro projeto de higienização por ozônio para o combate da pandemia Covid-19 do Sul do Brasil
A Unesc concluiu, nesta quinta-feira (16/4), o primeiro projeto de higienização por ozônio para o combate da pandemia Covid-19 do Sul do Brasil. A concretização da iniciativa, em colaboração com a Secretaria Municipal de Saúde de Criciúma, foi simbolizada com a entrega do primeiro túnel de higienização por ozônio, localizado no Centro de Triagem do bairro Boa Vista.
A partir desta data, profissionais de saúde e pacientes com sintomas de infecção transitarão pelo espaço de forma mais segura. “Em momentos excepcionais é quando mostramos a real força de uma Universidade comunitária, com investimentos em ensino, extensão e pesquisa. O momento que vivemos é delicado, necessita de cuidados e, sobretudo, do fortalecimento por meio de parcerias em prol da comunidade. E é isso que se concretiza aqui. A Universidade e o poder público em harmonia para entregar soluções assertivas para o combate desse inimigo invisível”, enaltece a reitora da Unesc, Luciane Bisognin Ceretta.
A tecnologia presente no projeto é estudada na Universidade desde 2013. Segundo o professor e pesquisador responsável, Elídio Angioletto, apenas 15 segundos são o suficiente para eliminar 99% dos vírus e bactérias presentes nas roupas e itens de quem passa pelo local. “O equipamento funciona com um sensor de movimento. Ao ser ativado, uma névoa é dispersada pelo ambiente, garantindo a segurança de quem passa. Outro ponto de destaque é a não agressividade do produto, sendo totalmente seguro e não provocando reações alérgicas”, explica.
A previsão, até sexta-feira (17/4), é realizar a montagem de outro túnel de desinfecção, no Centro de Triagem da região central da cidade, ao lado do HSJ (Hospital São José). Além do equipamento externo, os pesquisadores da Instituição já entregaram outros dois dispersores de ozônio, que atuarão de forma interna durante a noite, com potencial para zerar a contaminação de uma sala em até cinco minutos. “Os profissionais da saúde receberão treinamentos para o manuseio de cada equipamento. A previsão é que até seis deste modelo de atuação interna sejam disponibilizados, com possibilidade de novas solicitações por parte do poder público”, afirma Angioletto.
Para o secretário municipal de saúde, Acélio Casagrande, o projeto simboliza a busca pela inteligência no combate ao coronavírus, tendo como prioridade o bem-estar das pessoas. “É uma parceria entre a nossa Unesc e a prefeitura de
Criciúma que segue apresentando resultados positivos à comunidade do Sul de Santa Catarina. A conclusão do projeto traz tranquilidade aos ambientes de combate à pandemia e terá, certamente, continuidade ao longo deste desafio”, enaltece.
Nos próximos dias, os espaços que já contarem com a tecnologia serão submetidos a análises de ar. O procedimento será realizado antes e depois do início da aplicação. “Já foram efetuadas algumas tomadas de dados e os resultados são extremamente positivos. Ao todo, cada local passará por cinco análises, garantindo a assertividade da aplicação”, destaca Angioletto.
Na manhã desta quinta-feira o espaço recebeu a visita do prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro.
A tecnologia do ozônio como resposta rápida à infecção
Antes mesmo da conclusão do projeto, a equipe do Iparque (Parque Científico Tecnológico) já atuava em espaços considerados de vulnerabilidade em Criciúma, por meio de solicitações da Vigilância Sanitária. De acordo com o professor responsável, a tecnologia já foi utilizada de forma efetiva contra outros tipos de vírus, incluindo os que atacam as vias respiratórias. “É, portanto, uma grande aposta mundial neste momento de combate à pandemia Covid-19. Com grande capacidade de desinfecção, o ozônio entrega uma resposta 100 vezes mais potente do que o cloro e age 3.120 vezes mais rápido”, explica.
A tecnologia é ativada quando o ar passa por uma peneira molecular, que separa o nitrogênio presente. O oxigênio em forma concentrada é levado ao gerador de ozônio. O resultado é a abertura de um arco elétrico, que transforma o O2 em O3, ou seja o ar em ozônio. Uma vez gerado, ele é espalhado em todo o ambiente e alcança espaços onde a mão humana e ferramentas convencionais não podem alcançar.
Para concretizar mais esta ferramenta contra a pandemia, a Universidade utiliza equipamentos resultantes de uma parceria com a Brasil Ozônio, que pesquisa, desenvolve soluções de alto desempenho e sustentáveis para tratamento, sanitização, esterilização e oxidação a partir do ozônio.
Também atuam no projeto os pesquisadores Thauan Gomes, Hilária Mendes, Geovana Savi e Willian Acordi.
Leonardo Ferreira - Agência de Comunicação
Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing
16 de abril de 2020 às 14:10