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“Arqueologia e Patrimônio” é tema da segunda mesa-redonda do dia

“Arqueologia e Patrimônio” é tema da segunda mesa-redonda do dia
Sambaquis estiveram entre os assuntos abordados (Foto: Andréia Limas) Mais imagens

A segunda mesa-redonda de hoje (3/5) e a quarta da 9º Jornada de Arqueologia Ibero-americana e 1ª Jornada de Arqueologia Transatlântica, realizadas na Unesc, tratou do tema “Arqueologia e Patrimônio”. O coordenador dos trabalhos foi o professor doutor André Luiz Ramos Soares, da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria), do Rio Grande do Sul.

A mesa-redonda foi composta pelos professores doutores Paulo Eduardo Zanettini, da Zanettini Arqueologia, de São Paulo; Fábio Vergara Cerqueira, da Universidade Federal de Pelotas, do Rio Grande do Sul; Dione Bandeira Rocha, do MASJ/UNIVILLE (Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville ); além do doutor Ziva Domingos, do Instituto Nacional do Patrimônio Cultural de Angola e da UAN (Universidade Agostinho Neto), de Angola.

O país africano preocupa-se em proteger seus bens culturais e tomou medidas para tornar isso possível. “A reconstrução e desenvolvimento de Angola passa pela preservação, valorização e difusão do seu rico patrimônio cultural e natural”, entende Ziva Domingos, que falou sobre o trabalho desenvolvido no sítio de Mbanza Kongo, capital do antigo Reino do Kongo.

“Há uma interação muito grande com a comunidade na conservação dos sítios. Jovens estudantes estão sendo preparados e vão participar do projeto”, contou. A sociedade local também foi envolvida na elaboração do plano de gestão.

Outro projeto, “Fronteira Ocidental”, este no Brasil, igualmente procurou despertar o interesse dos moradores para a importância histórica de Vila Bela, primeira capital de Mato Grosso. Mas, segundo Paulo Eduardo Zanettini, no momento está parado. “Parece que haverá a retomada por parte do governo do Estado. Vamos aguardar”, afirmou.

Problemas levam a uma reflexão maior


Dione Bandeira Rocha discorreu sobre as dificuldades encontradas para preservar as áreas de Sambaqui, em Joinville. “Os problemas que temos lá devem acontecer em muitos lugares. Essa reflexão nos faz pensar em um contexto mais amplo. Precisamos descobrir onde estamos errando”.

Ela citou alguns exemplos negativos, como a derrubada de plantas no Sambaqui Rio Comprido e o acúmulo de lixo próximo aos Sambaquis Rio Guaíra e Guanabara, mas também apresentou iniciativas de sucesso, como o parque construído no entorno do Morro do Ouro.

Já o debatedor Fábio Vergara Cerqueira trouxe à mesa a experiência vivida durante o salvamento arqueológico das ruínas da Enfermaria Militar de Jaguarão (cidade histórica gaúcha). O prédio foi abandonado e acabou recebendo grafites e pichações, mas essas manifestações viraram objeto de estudo.

Fonte: Secom

03 de maio de 2013 às 22:33
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