Jornada de Arqueologia abre último dia de debates
A 9º Jornada de Arqueologia Ibero-americana e 1ª Jornada de Arqueologia Transatlântica iniciaram hoje (3/5) o último dia de debates com a mesa-redonda “Arqueologia ciência e sociedade”. Para a tarde e noite estão previstas mais duas mesas-redondas. Os eventos são realizados no Auditório Ruy Hülse, no campus da Unesc (Universidade do Extremo Sul Catarinense).
A primeira mesa do dia teve a coordenação do professor doutor Pierluigi Rosina, do IPT (Instituto Politécnico de Tomar) e do CIAAR (Centro de Investigação Arqueologia Alto Ribatejo), de Portugal.
Participaram como convidados os professores doutores Pedro Ignácio Schmitz, do Instituto Anchietano de Pesquisa, da Unisinos, do Rio Grande do Sul; Paulo de Blasis, da USP; Luiz Oosterbeek, do IPT e Instituto Terra e Memória, de Portugal; e Maria Conceição Soares Meneses Lage, da Universidade Federal do Piauí.
Schmitz iniciou os trabalhos discorrendo sobre a relação que os europeus e seus descendentes do Sul do Brasil tiveram com a Arqueologia na primeira metade do século XX. “Meu objetivo aqui hoje é lembrar aspectos entre arqueologia e sociedade no Brasil”, afirmou.
Nesta temática ele lembrou o desenvolvimento da Arqueologia no país, desde então até os tempos atuais, incluindo a implantação de grandes projetos pelo território nacional. “A minha conclusão é que a relação entre arqueologia e sociedade não é igual em todo tempo, nem é estável na mesma sociedade”, considerou.
Para o segundo debatedor a Arqueologia tem vocação interdisciplinar, nem sempre bem explorada. “Ela congrega diversos discursos, a partir de uma visão humanística”, sustentou de Blasis. “Desde sua origem ela é radicalmente multidisciplinar. Isso está em suas raízes. Um enlace importante está na economia”, completou Luiz Oosterbeek, que teve a palavra na sequência.
A última debatedora defendeu que cabe aos arqueólogos o papel de fazer essa ligação entre a ciência e a sociedade. “Foi-se o tempo em que chegávamos e montávamos nosso acampamento de estudos, sem sequer falar com os moradores do local”, disse Maria Conceição Soares Meneses Lage. Ela citou como exemplo os eventos promovidos pela Universidade Federal do Piauí, direcionados ao público em geral, em uma tentativa de aproximação com a comunidade não acadêmica.
Fonte: Secom
03 de maio de 2013 às 16:591 comentário
Alexandro Demathé
05 de maio de 2013 às 12:24Parabéns ao pessoal do IPAT, principalmente ao amigo Juliano. Um importante evento para a arqueologia brasileira.