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Jornadas de Arqueologia têm a primeira mesa-redonda na Unesc

Jornadas de Arqueologia têm a primeira mesa-redonda na Unesc
Debate teve como tema a Arqueologia do Contato (Foto: Andréia Limas) Mais imagens

A 9º Jornada de Arqueologia Ibero-americana e a 1ª Jornada de Arqueologia Transatlântica entraram em seu segundo dia hoje (2/5), no campus da Unesc (Universidade do Extremo Sul Catarinense), em Criciúma, tendo a realização da primeira mesa-redonda. O tema abordado foi a Arqueologia do Contato, sob a coordenação do professor doutor Artur Henrique Franco Barcellos, da FURG (Universidade Federal do Rio Grande), do Rio Grande do Sul.

Atuaram como convidados os professores doutores Pedro Paulo Abreu Funari, da Universidade Estadual de Campinas/SP; Manuel Calado, do IEPA (Instituto de Estudos e Pesquisas do Estado do Amapá); e Jairo Rogge, do Instituto Anchietano de Pesquisa, da Unisinos, do Rio Grande do Sul.

Barcellos abriu os trabalhos e passou a palavra a Funari, que falou sobre as diferentes correntes de pensamento sobre as mudanças culturais promovidas pelo contato entre colonizadores e colonizados.

O primeiro debatedor também discorreu sobre a colonização na América Latina, no encontro entre nativos, colonizadores e, posteriormente, os africanos escravizados, abordando o processo transcultural, que une aspectos de cada cultura. “Há um projeto que estamos organizando sobre a Arqueologia de Contato do ponto de vista latino-americano, que leva em conta as particularidades locais”, contou.

De caçadores a agricultores

O debatedor seguinte, Manuel Calado, também falou sobre vários aspectos da colonização, discorrendo sobretudo sobre os coletores/caçadores e os agricultores. “O modelo que proponho é o inverso: os indígenas tomaram contato com outras populações e decidiram adotar a agricultura e mudanças na economia”, sustentou.

Segundo ele, essa alteração deu-se através dos casamentos. “Um coletor/caçador que casasse com uma mulher agricultura dificilmente teria filhos coletores/caçadores”, ponderou.

Interação para a mudança

O outro debatedor da mesa, Jairo Rogge, abordou o Contato Cultural das Zonas de Fronteira, falando sobre a tradição, a adaptação e, principalmente, sobre a interação como aspectos que levam a mudanças. “A interação envolve contato e articulação entre os diferentes grupos humanos e sistemas socioculturais”, explicou.

Após a participação de cada debatedor, o moderador deu espaço para que a plateia formulasse perguntas aos componentes da mesa.

Apresentações culturais

As atividades da tarde de hoje foram abertas  com a apresentação dos músicos Carlos Paulo Matias e Rafael Casagrande da Rosa, da Unesc.

Mais informações

Fonte: Secom

02 de maio de 2013 às 16:32
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