Primeiro mestre indígena da Unesc tem artigo publicado em revista
O primeiro mestre indígena formado pela Unesc, Fabiano Alves, o Kárai, teve o primeiro artigo publicado. O texto intitulado “Nhandereko Yvyrupá Py: modo de viver Guarani na terra indígena Tekoá marangatu, Imaruí, SC, Brasil: Parte I” faz parte da edição 52 da revista Tellus, de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
O artigo é parte da dissertação de mestrado de Fabiano Alves, indígena Guarani, que realizou a pesquisa em parceria com os pesquisadores Juliano Bitencourt Campos; Orivaldo Nunes Júnior; Francisco Silva Noelli; João Alberto Ramos Batanolli e José Gustavo Santos da Silva, que também tiveram o nome publicado na revista.
A dissertação de Fabiano teve a orientação do professor Juliano Bitencourt Campos.
“A publicação do artigo amplia a minha trajetória acadêmica, por isso agradeço ao PPGCA e à Unesc. Fazer mestrado foi importante, pois permitiu que eu adquirisse um grande conhecimento para dar mais visibilidade à minha aldeia e ao povo Guarani. Obrigado a todos que me apoiam em minha vida acadêmica”, ressalta Alves.
Segundo ele, o objetivo da pesquisa foi descrever a importância do “Nhandereko Modo de Viver Guarani” para mostrar no espaço da academia e para a sociedade. “Essa ideia está aprofundada no artigo, em que citei valores e práticas sociais, da espiritualidade e da cosmologia Mbyá Guarani”, salienta.
A Revista Tellus está voltada para a publicação de resultados de pesquisa e documentação sobre as populações indígenas, especialmente sul-americanas, e é vinculada ao Núcleo de Estudos e Pesquisas das Populações Indígenas (NEPPI) da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB). O objetivo da publicação é veicular materiais diversos relacionados à etnologia indígena ou estudos interdisciplinares que tenham interface com a antropologia e possibilitar a divulgação de textos escritos por autores indígenas.
“A publicação do artigo do Fabiano é um exemplo claro da riqueza e profundidade dos saberes indígenas que merecem ser reconhecidos e valorizados no meio acadêmico e na sociedade em geral. Fabiano, por meio desse trabalho e dedicação, nos brinda com uma perspectiva única sobre a cultura e os modos de vida Guarani, que contribui significativamente para a ampliação do conhecimento sobre as populações indígenas brasileiras”, comenta a reitora Luciane Bisognin Ceretta.
“Na Unesc, acreditamos firmemente na importância de oferecer oportunidades iguais para todos, na promoção de um ambiente onde a diversidade cultural é respeitada e incentivada. Fabiano é um exemplo inspirador de como a educação é uma poderosa ferramenta para a transformação social e o fortalecimento das identidades culturais”, acrescenta.
Alegria e satisfação
A coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi), Normélia Ondina Lalau de Farias, diz que recebeu a notícia da publicação com alegria e satisfação. “O Fabiano nos proporcionou uma rica troca de informações importantes sobre cultura e saberes indígenas. Para nós, enquanto Universidade e Neabi, receber a notícia de que a revista Tellus publicou o artigo do Fabiano, não tem preço”, enfatiza.
“A nossa reitora Luciane Bisognin Ceretta está sempre à frente das questões voltadas à políticas afirmativas, dando oportunidades para que indígenas e negros ingressem na Universidade. Só nos estabelecemos como seres humanos de fato quando temos esta percepção. Quando acreditamos na possibilidade de que todos podem estar onde quiserem e promover as culturas sem se modificar e entregar à cultura do outro em detrimento a sua. A Unesc desempenha lindamente este papel”, acrescenta.
O coordenador do PPGCA, Carlyle Menezes, diz que o trabalho também representa as possibilidades e o grande potencial de transformação que se abre a partir da promoção e valorização da diversidade biocultural e do respeito às outras formas de relação com a natureza e do uso dos recursos naturais de forma prudente
“Para nós, enquanto integrantes do Programa de Pós-Graduação na área das Ciências Ambientais, que tem o campo do conhecimento da Etnobiologja e Etnoecologia como um dos pilares teórico-conceituais e aplicados, é gratificante perceber os avanços obtidos ao longo dos últimos anos na construção e fortalecimento dos espaços de troca e valorização de saberes, o que contribui também para o fortalecimento e consolidação do nosso programa e da universidade enquanto instituição comprometida com a qualidade do ambiente de vida e da sustentabilidade em todas as suas dimensões”, cita.
Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing
12 de julho de 2024 às 13:41Unesc é sede da 1ª Conferência Internacional das Favelas
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Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing
12 de junho de 2024 às 14:15Unesc participará do passeio ciclístico em Balneário Rincão
A Unesc marcará presença no 16º Passeio Ciclístico da Integração, em Balneário Rincão, que ocorrerá neste sábado (27/01), a partir das 14h. Além de promover ações de saúde e contar com um espaço para apresentação e atendimento à comunidade interessada nos cursos de graduação, a Universidade disponibilizará a oportunidade de os participantes enfeitarem suas bicicletas com adesivos e balões.
Conforme a reitora Luciane Bisognin Ceretta, mais uma vez a Instituição estará junto da comunidade em um evento que já é tradicional na região. “Estamos engajados na sociedade e comprometidos permanentemente com iniciativas como essa que promovam a educação, a saúde e a qualidade de vida”, diz a reitora, destacando que a Instituição também coloca à disposição 20 bicicletas para os funcionários que participarem do passeio.
O passeio, que tem como tema 'Prevenir, para Salvar + Vidas', terá um percurso de 15 quilômetros pelas principais ruas do Balneário Rincão, com ponto de largada e chegada na Área de Eventos do município. Estima-se a participação de três mil ciclistas de diversas idades e localidades.
Em caso de condições climáticas adversas, o passeio será transferido para o sábado seguinte, dia 3 de fevereiro.
Calendário
O Passeio Ciclístico, integrado ao calendário de ações do Balneário Rincão, é organizado em parceria pela Cruz Vermelha – Criciúma, Equipe Multi-Institucional e Município de Balneário Rincão.
Todos os participantes que doarem um quilo de alimento não perecível terão direito a sorteios de brindes. Além disso, a comunidade em geral também poderá fazer a doação de alimentos durante a ação, onde um veículo passará para recolher as contribuições solidárias.
Os mantimentos serão entregues para as famílias em vulnerabilidade social do Balneário Rincão conforme a distribuição organizada pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do município.
Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing
26 de janeiro de 2024 às 16:51Acadêmicos da Unesc discutem Equidade Racial e Saúde da População Negra em encontro proposto pelo Neabi
Acadêmicos dos cursos de Enfermagem, Medicina, e Técnicos de Enfermagem da Unesc participaram de um evento significativo no bloco R da Unesc, na noite dessa quinta-feira (16/11). O encontro, realizado em comemoração ao 10º Novembro da Consciência Negra, teve como foco principal o debate sobre Equidade Racial e Saúde da população negra.
Proposto pelo Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi) da Universidade, o evento contou com palestras ministradas pela psicóloga Janaína Damásio Vitório e pela enfermeira Maria Madalena Santiago.
Janaína abordou as dificuldades cotidianas enfrentadas pela população negra, especialmente questões relacionadas à segurança. Além disso, ela ressaltou a importância da Lei nº 10639, que exige o estudo da história afro-brasileira, africana e indígena nas escolas brasileiras, promovendo uma visão mais inclusiva e ampla da cultura brasileira.
Por sua vez, Madalena concentrou sua fala na relação entre a saúde e os negros, destacando doenças como diabetes e hipertensão, que afetam de forma mais acentuada essa parcela da população e exigem cuidados específicos e diferenciados.
“Quando abordamos a saúde mental da população negra, é crucial entender que muitos dos desafios mentais enfrentados a essa população não devem ser imediatamente rotulados como patologias. Em vez disso, é essencial identificar e considerar o contexto social, especialmente as questões resultantes do racismo estrutural, antes de apontar diagnósticos”, disse Janaína.
Segundo ela, é fundamental reconhecer as experiências de violência enfrentadas pela população negra. “Dialogar sobre essas questões com profissionais da área da saúde é de extrema importância. Isso permite que eles enxerguem a pessoa para além do que é evidente, levando em conta o ambiente e os desafios raciais que impactam a vida da população negra”, afirmou Janaína.
Para Maria Madalena, foi um momento extremamente promissor, pois o foco foi a reflexão e análise, compartilhando a luta diária em prol da vida. "Como enfermeira e atualmente professora, tive a oportunidade de perceber uma mudança de perspectiva nos futuros profissionais. Todos estavam profundamente envolvidos, atentos às informações que apresentamos sobre as doenças mais comuns nessa população e estratégias de prevenção baseadas em evidências científicas. Suas perguntas foram instigantes, abordaram questões culturais racistas e deram um feedback incrivelmente positivo”, comentou.
“Fico feliz por ser parte do Neabi e poder contribuir para momentos que transformam mentalidades retrógradas, promovendo uma visão de equidade, igualdade e integralidade no nosso sistema de saúde. Meu amor pelo SUS é profundo. Acredito em cada aspecto dele e sinto que é meu dever, como educadora, compartilhar informações com aqueles que ainda não têm acesso”, complementou a professora.
O Neabi, espaço de interação e promoção de debates, tem como objetivo incentivar políticas e práticas contra a discriminação racial, buscando a promoção da justiça social e equidade racial e de gênero, incentivando a integração entre cursos, professores, funcionários, acadêmicos e demais setores da Universidade e da sociedade em geral.
Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing
17 de novembro de 2023 às 14:36Programa de Equidade Racial: acadêmicos apresentam experiências em encontro com a reitora
Alessandra Andresa Costa da Silva é uma mulher preta, periférica e mãe solo. Aos 37 anos de idade, talvez ela pensasse que o sonho de ocupar um banco de universidade estivesse longe, mas isso mudou em 2022 quando a Unesc lançou o Programa de Equidade Racial.
Desde então, ela frequenta o curso de Nutrição e já projeta o futuro. “A importância da bolsa é imensa. É um divisor de águas porque tudo começa pela educação. Precisamos ter muita vontade e garra e a Unesc disponibiliza esta oportunidade que eu aproveito imensamente. Estou feliz e tenho a intenção de fazer mestrado e doutorado em retribuição a todo o carinho, atenção e qualidade da educação que tenho disponível na Universidade”, conta.
Na terceira fase do curso, a futura nutricionista é um dos 216 acadêmicos beneficiados com o Programa de Equidade Racial da Unesc que participaram de uma roda de conversa com a reitora Luciane Bisognin Ceretta com o objetivo de conhecer ainda mais a Instituição que frequentam.
Mais do que se pronunciar aos estudantes, a reitora solicitou que cada um deles se apresentassem e falassem como se sentem na Universidade. “Nos locais que ocupamos, todos nós temos projetos que são as nossas paixões, e o Programa de Equidade Racial é a minha. Ele toca o meu coração profundamente. A porta da Unesc está aberta, mas cada um dos nossos acadêmicos precisa se sentir seguro, tranquilo e protegido. Queremos que sintam-se em casa na Unesc, pois todos são muito bem-vindos. Em 2022 conseguimos colocar em prática esse projeto inédito e exclusivo da Unesc com o qual sonhamos e estamos comprometidos sempre”, salienta a reitora.
Desde 2022, o Programa de Equidade Racial, instituído pela reitora Luciane Bisognin Ceretta, faz parte das Políticas de Ações Afirmativas, realizadas de forma constante pela Universidade.
Por meio desta iniciativa a Unesc oferece bolsas de estudo de 50% a 100% para pessoas negras – pretas e pardas, e indígenas. Para a maioria destes acadêmicos, o ambiente universitário é novo, por isso a necessidade de integrá-los com este espaço. Surgiu então a ideia da realização de um encontro entre os estudantes e a reitora Luciane Bisognin Ceretta.
“São 216 acadêmicos contemplados com a bolsa e que fazem parte dos mais variados cursos da Universidade, então, desde o ano passado, buscamos fazer esta roda de conversa com a reitora, porque para eles, tudo se torna novo. É um encontro muito importante porque eles deixam de ver a reitora à distância e percebem o que nós sentimos como professores e colaboradores: que ela é uma pessoa próxima e extremamente acessível”, comenta a coordenadora do coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi), Normélia Ondina Lalau de Farias.
Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing
16 de outubro de 2023 às 10:06